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"Totalmente embriagados, possivelmente drogados", diz namorado de mulher baleada por PM's

Da Redação - Fabiana Mendes

O namorado da mulher baleada por dois policiais militares em Sorriso (a 398 km de Cuiabá) contou que ambos pareciam estar totalmente embriagados e até mesmo sob efeito de drogas, durante o ocorrido na última sexta-feira (17). Osvaldo Pereira Gomes Neto afirmou que nem ele e nem a vítima conheciam os suspeitos, que andavam na rua com armas nas mãos.

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"Eles estavam totalmente embriagados, possivelmente até drogados. Não disseram nada para mim. Eu não tenho nenhuma passagem na polícia e ela é uma mãe de família", afirmou o namorado em entrevista ao G1/MT. Ele estava sentado junto com a namorada, em um banco na rua.

Um vídeo mostrou o momento que a mulher sofre tentativa de homicídio. A versão divulgada pela PM era de que o tiro tinha sido acidental, porém, pelas imagens é possível ver que a mulher foi alvejada à queima roupa.



Segundo o comando da Polícia Militar, os dois foram autuados em flagrante pela Polícia Judiciária Civil (PJC) e estão presos em uma unidade militar local. Os soldados da Polícia Militar Ezio Souza Dias e Weberth Batista Ribeiro passaram por audiência de custódia na tarde de segunda-feira (20), na 1ª Vara Criminal de Sorriso. A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano decidiu manter a prisão dos dois.

A Corregedoria Geral da Polícia Militar instaurou dois procedimentos de natureza demissória contra os dois soldados. A PM também divulgou uma nova nota sobre o caso, após a veiculação do vídeo.

Leia a nota na íntegra:
 
A Corregedoria Geral da Polícia Militar informa que embasados das novas informações levantadas e das imagens que chegaram ao conhecimento da PM deverão ser instaurados dois procedimentos relacionados à ocorrência registrada em Sorriso (420 km de Cuiabá) na noite de sexta-feira (17.01), envolvendo dois soldados, na qual um homem foi agredido e uma mulher ferida a tiros na cabeça. 

Diante da gravidade dos fatos, os procedimentos a serem instaurados deverão ser de natureza demissória fins avaliarem a permanência de ambos nas fileiras da Instituição.

A Corregedoria reforça que a prisão em flagrante dos dois soldados assim como apreensão da arma usada foram efetuadas pela Polícia Militar em ação coordenada pelo comandante da unidade local, assim como a entrega deles na Delegacia de Polícia Civil para que pudessem ser autuados em flagrante delito de crime comum. Os dois policiais estavam em horário de folga, não no exercício da atividade policial
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