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Ex-PDT, Julier descarta qualquer chance de apoio a candidatura de Pivetta ao Senado

Da Redação - Érika Oliveira

Firmada a data da eleição suplementar que irá eleger o novo senador de Mato Grosso, na vaga da senadora cassada Selma Arruda (Pode), os partidos que desejam lançar candidatos começam a se articular oficialmente e eventuais alianças devem ser firmadas até o próximo mês, quando será aberto o calendário para registro das candidaturas. Em meio às oposições óbvias, dois partidos que compartilham suas ideologias e comumente estão juntos, PT e PDT devem se enfrentar nas urnas. A afirmação é do recém-filiado ao PT e ex-PDT Julier Sebastião.

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“Não há a menor possibilidade. Eu não sou do Diretório Regional, mas o PT é oposição ao Governo do Estado e, apesar da relação entre os partidos, ele [Pivetta] é o vice-governador. Então não vejo chance nenhuma disso”, considerou Julier, em conversa com Olhar Direto, mencionando a pré-candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta.

Pivetta fez parte do movimento “anti-PT” instalado no Brasil nas eleições de 2018 e chegou a pedir votos para Jair Bolsonaro (sem partido), contrariando o PDT que tinha como candidato à presidência Ciro Gomes.

Esta semana, o vice-governador reforçou sua candidatura em entrevistas, lamentou a cassação de Selma, se disse representado por ela e prometeu seguir os passos da juíza aposentada no Senado, caso eleito, integrando, inclusive, o movimento “Muda Senado”, que é contrário à gestão do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM).

O pedetista convidou o ex-senador Cidinho Santos (PL) e o ex-deputado federal Adilton Sachetti (Republicanos) para compor a chapa como suplentes, mas oficialmente ainda não recebeu resposta dos dois.

O PT, por sua vez, se manteve discreto quanto ao assunto até o momento. Com a definição do calendário da eleição suplementar, o partido promete intensificar as discussões em torno dos nomes do ex-deputado Carlos Abicalil e do deputado estadual Lúdio Cabral.

Lúdio já afirmou que não pretende disputar o pleito, mas se disse aberto ao diálogo. O petista é uma das principais vozes da oposição ao Governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
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