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Denúncias tardias impossibilitam investigação na Favo de Mel, mas restaurante é notificado

da Redação - Isabela Mercuri

Após uma série de denúncias contra o restaurante Favo de Mel, divulgadas inclusive pelo site Olhar Direto no final de 2019 e início de 2020, a Vigilância Sanitária de Cuiabá entrou na investigação para identificar as causas do problema e se realmente houve intoxicação alimentar. No entanto, como as notificações foram tardias, não foi possível fazer exames em laboratório. Em inspeção de praxe, no entanto, foram encontradas inconformidades que motivaram uma notificação e determinação de prazo para regularização do estabelecimento.

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No último dia 30 de dezembro, o ex-secretário de Turismo, Luiz Carlos Nigro, denunciou a churrascaria Favo de Mel, que tem o cantor Marrone (que faz dupla com Bruno), como sócio, após seus familiares e amigos passarem mal ao comer no local. Segundo ele, o fato aconteceu no Natal e, posteriormente, outro grupo também acabou, supostamente, infectado. Depois dele, a filha do ex-prefeito Roberto França e outras pessoas também relataram ter apresentado sintomas como náusea, vômito, diarreia, cefaleia, febre e dor abdominal, sinais e sintomas típicos de intoxicação alimentar.

O restaurante chegou a fazer uma inspeção e, logo no início de janeiro, Evandro Ferreira de Oliveira, supervisor do grupo responsável pela churrascaria Favo de Mel, afirmou que nenhum indício de contaminação foi encontrado nos alimentos do estabelecimento. Segundo Evandro, havia um surto de virose na cidade, o que pode ter contribuído. Ele ainda pontuou que a cozinha está aberta para a visita do público.

De acordo com a assessoria da Vigilância Sanitária, os primeiros casos foram atendidos num hospital particular, que não notificou a possibilidade de surto. Assim que surgiram as notificações, as equipes de Vigilância Epidemiológica e de Vigilância Sanitária foram acionadas para investigação conforme protocolos técnicos específicos.

“Por terem sido tardias as notificações dos casos à Vigilância em Saúde as pessoas já estavam assintomáticas, o que inviabilizou a coleta de material biológico para diagnóstico laboratorial. Notificações tardias inviabilizam a investigação laboratorial para fechamento do caso, ou seja, impossibilitam a identificação do agente causador dos sinais e sintomas e a identificação dos alimentos mais suspeitos de causarem o quadro apresentado pelos consumidores”, explica Moema Blatt, Gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.

Mesmo assim, a equipe da Coordenadoria de Vigilância Sanitária realizou a inspeção sanitária de praxe, e encontrou inconformidades que motivaram a notificação e determinação de prazo para regularização do estabelecimento. No momento, o restaurante é monitorado pela fiscalização sanitária com o objetivo de evitar novas ocorrências de tal magnitude.

Serviço

A Diretoria de Vigilância em Saúde esclarece aos munícipes que, caso se deparem com sinais e sintomas típicos de intoxicação alimentar após consumir alimentos em estabelecimentos comerciais, entrem imediatamente em contato com os telefones da Vigilância, pois a precocidade das ações protocolares em tais casos é essencial para evitar agravamentos e/ou ainda ocorrências:

Vigilância Sanitária – 65 3617 1483/ 65 3617 1487/ 65 3617 1689
Vigilância a Doenças e Agravos (epidemiológica) – 65 3617 1484; 65 3617 1485; 65 3617 1609; 65 99206 8618
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – 65 3617 1685; 65 99247 4536
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