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Rossato nega composição com Pivetta e expõe isolamento de novo diretório do PSL em MT

Da Redação - Érika Oliveira

O ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (PSL), que disponibilizou seu nome para a disputa da eleição suplementar de abril, negou que tenha firmado acordo para compor a suplência de Otaviano Pivetta (PDT) e de qualquer outro pré-candidato ao Senado, conforme foi ventilado nos últimos dias. Seu partido, no entanto, vem defendendo abertamente a candidatura de Elizeu Nascimento (DC), ex-correligionário de Ulysses Moraes, que junto de seu assessor de gabinete, Aécio Rodrigues, assumiu o comando do PSL no Estado este mês.

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“Eu não tenho aliança com ninguém por enquanto, cada um está procurando o seu espaço. Está tudo em aberto ainda. Eu e o Pivetta conversamos bastante, porque somos muito amigos, mas não tem definição nenhuma”, disse Rossato, ao Olhar Direto.

Prefeito de Sorriso por dois mandatos, Rossato teve seu nome ventilado para concorrer ao Governo do Estado em 2018, mas acabou declinando do projeto por falta de unidade em seu partido, que terminou firmando aliança com o ex-governador Pedro Taques (PSDB).

No início do ano, o ex-deputado federal Adilton Sachetti (Republicanos) revelou tratativas entre ele, Rossato, Pivetta e Nilson Leitão (PSDB), em torno de uma suposta aliança que definiria um candidato para representar o agronegócio.

De lá para cá muita coisa mudou, Sachetti, aceitou assumir uma das suplências de Pivetta e Leitão caminha em busca de candidatura própria, num diálogo que foi aberto com os pré-candidatos Júlio Campos (DEM) e Carlos Fávaro (PSD).

Rossato, por sua vez, evidencia o desgaste que perdura no PSL, que estava sem comando desde o fim de dezembro, quando expirou o prazo da Executiva provisória liderada pelo deputado federal Nelson Barbudo.

O partido, que na ‘onda Bolsonaro’ conseguiu eleger, além de Barbudo, os deputados estaduais Silvio Favero e Delegado Claudinei, e a senadora Selma Arruda - que em menos de um ano de mandato mudou de partido e foi cassada – passou para as mãos de Ulysses Moraes e deu seu chefe de gabinete, Aecio Rodrigues, no início deste mês.

Ulysses e Aécio faziam parte do Democracia Cristã (DC) e mantêm estreita relação com o deputado Elizeu Nascimento, que é candidato declarado à vaga deixada por Selma.

“O PSL mudou de diretoria, eu não sei dizer como o partido está se articulando. Ainda não conversei com esse novo Diretório. Meu nome continua à disposição do partido, mas o partido precisa aceitar. Eu estou buscando meu espaço”, frisou Rossato.
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