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Lúdio pede que governador olhe para a saúde dos mato-grossenses e não confronte medidas

Da Redação - Max Aguiar

Médico sanitarista há quase 20 anos, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), pediu que o governador Mauro Mendes (DEM) não confronte medidas políticas com as medidas de saúde, no momento em que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus. 

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Segundo o parlamentar oposicionista, Mendes precisa colocar a saúde do povo de Mato Grosso em primeiro lugar antes de tomar qualquer medida que vise primeiro economia ou política. 

“Os problemas de ordem social e econômica são gravíssimos e precisam ser enfrentados pelo governo em conjunto com o isolamento social. As medidas têm que ser combinadas e não colocadas em confronto a partir de uma leitura política da realidade”, acrescentou.

Cabral aproveitou a reunião da Comissão de Saúde para apresentar um levantamento acerca da capacidade de atendimento da rede pública de saúde do estado. Segundo ele, se 1% da população mato-grossense for infectada em um período de 6 meses, serão necessários 116 novos leitos de UTI. Caso o percentual de infectados seja de 5% em 90 dias, serão necessários 1.160 leitos de UTI para atender a demanda de casos graves. 

Médico Anestesiologista, o deputado Dr. Eugênio (PSB) também reforçou a importância do isolamento social. “Quem está dizendo que o isolamento social é importante é a ciência, é a OMS, são os exemplos que estamos vendo nas várias partes do mundo. Prefiro errar com a ciência a acertar com os ignorantes. Se as previsões da curva epidêmica se realizarem, realmente o sistema de saúde vai entrar em colapso. Temos que tomar uma posição nesse momento”.

Embora tenham se declarado favoráveis a fala de Lúdio e ao isolamento social, os deputados Paulo Araújo (PP), Xuxu Dal Molin (PSC), Dr. João (mdb) e Dr. Eugênio defenderam a manutenção das atividades de indústrias que produzem insumos considerados essenciais. 

“Mato Grosso é essencial para o Brasil pela missão de produzir alimentos. Precisamos manter atividades essenciais. Atividade agropecuária não tem aglomeração de pessoas e nossas indústrias de alimento são referência para o mundo com relação à qualidade e adoção de medidas de segurança”, ponderou Xuxu Dal Molin.
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