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Vereador denuncia pressão da prefeitura por empréstimo e diz que Jayme tenta tirá-lo da CCJ

Da Redação - Max Aguiar

O relator da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), vereador Ivan dos Santos (Republicanos), revelou que vem sofrendo um certo tipo de pressão por parte dos vereadores que compõe a base da prefeita Lucima Campos (DEM) para que ele aponte parecer favorável a um empréstimo de R$ 50 milhões que o município pleitea para pavimentação asfática e universalização da água. 

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Além disso, Santos confirmou que por conta de seu posicionamento no Plenário da Câmara Municipal, o senador Jayme Campos (DEM), esposo da prefeita, teria ameaçado de tirá-lo do cargo, em que relata o empréstimo. 

"Eu tenho 90 dias e vou esgotar esse período para poder dar meu parecer sobre esse empréstimo. Eu estou sofrendo pressão, os vereadores da base quer que eu relate logo e até o senador Jayme Campos disse que vai lutar para que outro relator seja indicado", comentou o vereador ao Olhar Direto

Ainda segundo o parlamentar, Jayme teria feito uma reunião em sua casa para brigar com os vereador sobre minha indicação ao posto de relator. "Teve um arranca-rabo lá na casa do Jayme. Eu acho que o senador precisa cuidar do cargo dele e eu do meu. Eu sou um simples vereador. E vou trabalhar muito pela minha cidade de Várzea Grande, mas o senador não precisa ficar fazendo pressão para tirar do cargo do relator. Agirei apenas com responsabilidade", comentou. 

Segundo Ivan, o empréstimo é para ser pago em 120 vezes e a prefeita Lucimar Campos quer colocar o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como moeda de troca nesse empréstimo. "Na minha opinião, a cidade já tem muita dívida. Um empréstimo desses para ser pago em 12 anos, com moeda de troca o FPM, que vem da União para girar a economia de Várzea Grande. Acho um pouco imprudente, mas pedi documentos do Tribunal de Contas, espero que passe essa pandemia para a gente trabalhar e eu mostrar meu parecer. Uma coisa posso adiantar, vou agir apenas com responsabilidade e não há intimidação que me fará mudar de ideia. Se querem um parecer diferente, então vão ter que arrumar outro relator", pondera o vereador. 

Santos ainda questionou o momento pré-eleitoral para assinatura do empréstimo. “Me estranha muito isso. Esse dinheiro, nesse período de pré-eleição, R$ 50 milhões para asfalto e água, ora, se passaram cinco anos e não fizeram isso antes, não buscou política pública antes. Por que será que nesse momento de eleição resolve fazer? São R$ 50 milhões em dívida”.
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