Imprimir

Notícias / Cidades

Empresários se manifestam na porta da Prefeitura de Cuiabá contra novo decreto

Da Redação - Max Aguiar / Da Reportagem Local - Isabela Mercuri

Uma comissão de empresários, comerciantes, representantes da Câmara dos Dirigentes Logísticas (CDL) e Fecomércio estão reunidos desde 10h desta sexta-feira (3) com o chefe de gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), para debater o funcionamento dos estabelecimentos da capital e as novas regras impostas pelo município em decreto anunciado ontem pelo prefeito. 

Leia mais:
Com mais 12 vidas perdidas, Cuiabá ultrapassa 200 mortes em decorrência do coronavírus

Além disso, os representantes questionam o motivo da falta de diálogo entre o poder público e a população. Segundo eles, todas as medidas tomadas até agora para aumentar o isolamento social não passaram por uma reunião ou entendimento.  

"Eles precisam entrar em um alinhamento. A prefeitura diz uma coisa, o governo diz outra e a justiça diz outra. Isso não adianta, a população não entende nada. Isso prejudica a todos e eles não mantêm um diálogo conosco antes de tomar qualquer decisão", disse Fabio Granja, superintendente da CDL Cuiabá. 

Fábio Granja (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Direto)

O presidente da Federação do Comércio, José Venceslau, engrossou o coro sobre a falta de diálogo e espera que nesse atendimento prévio com o chefe de gabinete, um entendimento seja tomado, já que o comércio é contrário ao decreto do prefeito. 

"Nosso posicionamento e de todas as entidades é contrário. Pois não fomos consultados, fomos pegos de surpresa com o decreto de alternância das placas e esse absurdo que é a questão do CPF. Trouxemos um ofício e vamos entregar para o prefeito. Queremos deixar claro que o posicionamento é contrário", disse Venceslau. 

O presidente ainda reivindica a participação de membros do comércio no Comitê de Enfrentamento à Covid. "Queremos participar da equipe que toma decisões. Não sabemos quem é. Não tem representação do comércio. Por isso a situação hoje é de fechamento de comércio e de demissão de funcionário. Tem gente fechada há mais de 100 dias e não sabe mais o que fazer", comentou. 

Uma empresária do ramo de academias, que é um dos setores que está proibida de voltar as atividades desde o dia 21 de março, disse que está sem saber o que fazer, pois já demitiu todos os funcionários e está à beira da falência. 

"Poderiam nos permitir apenas a sobrevivência. Mas, não podemos atuar. Queremos dar aula para um ou dois alunos por vez. Temos o direito de trabalhar, o direito de ir e vir, mas não dá pra continuar assim. Eu tinha sete funcionários, demite 3. O prefeito precisa nos deixar a trabalhar. Estamos dispostos a fazer tudo sob protocolo, mas infelizmente ninguém nos ouve. Precisamos ser ouvidos e precisamos trabalhar", comentou a empresária Claudia Musa Muller, da Estilo Livre Natação.

Após uma hora de reunião, a carta foi deixada com o secretário de governo, que se prontificou de deixar o documento com o prefeito Emanuel Pinheiro. Por enquanto, os representantes do comércio aguardam uma reunião para debater novas decisões com o chefe do Executivo. 

Atualizada às 11h15
Imprimir