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Facção tenta entrar com drogas disfarçadas de remédios para Covid-19 na PCE

Da Redação - Fabiana Mendes

Uma facção criminosa de Cuiabá aproveitou o momento de pandemia para levar drogas à Penitenciária Central do Estado (PCE), disfarçadas como medicamento para tratamento da Covid-19. No final da tarde da última terça-feira (7), a Polícia Civil e a Polícia Penal conseguiram fazer uma grande apreensão do material.

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As investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), iniciaram após denúncias de que uma organização criminosa aproveitaria o momento de pandemia do coronavírus para entrar com entorpecentes na PCE.

Familiares de detentos da unidade prisional receberam instruções da facção criminosa para comprar medicamentos destinados à prevenção e tratamento da doença (em alguns casos utilizando receitas médicas falsas) e nos frascos de polivitamínicos com cápsulas maiores substituir os medicamentos por substâncias entorpecentes como maconha e cocaína.

De acordo com o delegado da DRE, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, os supostos medicamentos chegaram a ser recebidos na PCE e seriam distribuídos na unidade prisional na quarta-feira (08) no raio cinco, onde estão os presos considerados de maior periculosidade do estado.

“Diante da denúncia, em ação conjunta da DRE, DHPP e Polícia Penal foi possível impedir a entrada dessa grande quantidade de drogas em cápsulas na penitenciária, assim como a comercialização do entorpecente na unidade prisional. Todo material apreendido será periciado, pesado, porém, visualmente já se percebe que são centenas de cápsulas recheadas com entorpecentes”, disse o delegado.



O delegado DHPP, Caio Fernando Álvares Albuquerque, disse que a apreensão da droga foi possível graças ao recebimento da informação da entrada de entorpecentes tipo maconha e cocaína de boa qualidade na unidade aproveitando o período da pandemia. “Recebemos informações fidedignas sobre a manobra utilizada pela organziação criminosa e conseguimos identificar o entorpecente quando já entregues na PCE, porém, antes de ser distribuída aos seus destinatários”, frisou.

O diretor da PCE, Agno Sérgio Ramos, destacou a importância das ações integradas entre a Polícia Civil e Polícia Penal para evitar a entrada de drogas, especialmente em grande quantidade, no interior das unidades prisionais.

‘A equipe da Polícia Civil conseguiu levantar as informações, que foram prontamente compartilhadas evitando que o material ilícito entrasse e fosse comercializado no interior da penitenciária, mostrando que a segurança deve trabalhar de forma conjunta no combate ao crime”, destacou.
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