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Secretário volta a cobrar quem não cumpre quarentena e diz que é contra abertura do comércio

Da Redação - Max Aguiar

"Eu sempre disse que íamos chegar no pico, mas o povo não manteve o isolamento social". Essa é a fala do secretário de Saúde de Mato Grosso, criticando quem ainda duvida da Covid-19 e ainda continua saindo de casa, fazendo festas clandestinas e não cumprindo a quarentena imposta pela Justiça.

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Na avaliação de Gilberto, a recomendação de fechamento seria pela manutenção da quarentena por mais 14 dias, para depois saber o real número do isolamento, se funcionou ou não. Pois os primeiros 14 dias foram totalmente desrespeitados pela população. segundo ele.

"Não adianta efeito sanfona sem resultado prático. Fica um fecha, volta, fecha volta. Tem que ter um resultado real. Até ter uma vacina é preciso saber que vamos conviver com o vírus. É importante frisar que o povo não seguiu as ações. Infelizmente não deu certo. Se acabar com o isolamento social os casos vão explodir no estado de Mato Grosso. Não temos UTI, os leitos são poucos. Mas se fechar, isso explode", ponderou o secretário. 

Na audiência remota de quinta-feira (10) com os secretários de saúde de Várzea Grande e Cuiabá e com membros do Ministério Público e Tribunal de Justiça, o secretário disse que o ideal não seria abrir nada e manter a quarentena. Mas, por hora a decisão é de mais 7 dias de fechamento do comércio não essencial. 

"Nós tinha disponibilizado 335 leitos de UTI e agora vamos pra mais 200. Basta você ir pra periferia que verá que os bairros não cumprem. O povo joga, brinca na praça, faz caminhada. Será que horas que a população vai entender? Não tem leito no SUS nem na rede privada. Que horas que o povo vai entender? Tem gente se expondo. Muitos que se achavam protegidos não estão mais conosco. Até ter uma vacina, não está ninguém livre. Pessoas muito próximas da gente estão perdendo a vida. Uma família toda a família foi dizimada. Não existe remédio ainda, existe um tratamento, mas a taxa de UTI é alta e é melhor ficar em casa do que ficar doente", desabafou Figueiredo. 
 
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