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Mauro diz que DEM não é só Jayme, Júlio e Dilmar e rebate indiretas: "falam muita merda"

Da Reportagem Local - Max Aguiar / Da Redação - Érika Oliveira

O governador Mauro Mendes subiu o tom nesta terça-feira (01) ao ser questionado sobre recentes declarações do senador Jayme Campos acerca da construção da candidatura do Democratas para a Prefeitura de Cuiabá. Visivelmente irritado, o chefe do Executivo disse que andam falando muita “merda” nos bastidores e, mesmo sem endereçar a crítica, assegurou que sua fala dirige para quem está “dentro ou fora do DEM”.

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“O nome já é partido, não é unido, né? Ou seja, representa uma parte da sociedade e, como partido, têm pessoas que pensam diferente. Agora, elas têm que se respeitar. Eu não vou agir com ninguém com falta de respeito. Eu sou governador, me dou ao respeito, e gostaria que as pessoas se respeitassem. Isso vale pra qualquer um que fica nos bastidores falando merda, dentro ou fora do DEM, na vida. As pessoas falam muita merda e precisam aprender a ter respeito para cobrar respeito”, disparou o governador.

O comentário de Mendes foi feito durante agenda em Cáceres (214 km de Cuiabá). Na ocasião, jornalistas perguntaram se o governador tinha se ofendido com os comentários disparados recentemente por Jayme Campos, que citou acordo firmado apenas com Fábio Garcia sobre a questão da candidatura na Capital.

“Tenho compromisso com Fabinho, se não for com ele, não vou me abraçar com o drácula. Não falo de candidato de outro partido, mas de drácula do DEM”, disse Jayme, no dia 28 de agosto.

O recado de Jayme tinha sido direcionado ao governador Mauro Mendes e ao presidente do DEM de Cuiabá Alberto Machado, o Beto 2x1 (secretário de Cultura, Esporte e Lazer). Isso porque ambos cogitam lançar o vereador Marcelo Bussiki caso Fabio recue.

A relação entre Mauro Mendes e Jayme Campos já vem estremecida há algum tempo e não bastasse a falta de consenso em torno da candidatura em Cuiabá, a situação piorou em razão do acordo firmado entre os Campos e parte do DEM de assumir a primeira suplência de Nilson Leitão (PSDB) na eleição suplementar ao Senado.

“Nós temos que defender a liberdade de expressão, isso é pilar da democracia. Porém, o DEM não é Julio, Jayme e Dilmar, que sozinhos decidiram isso. Nós temos 70 membros no Democratas que precisam ser respeitos e cabe à eles tomar essa decisão. Eu não tenho nada contra o Nilson Leitão, até tenho ele em alta estima, mas eu não posso apoiar quem não me apoiou. Carlos Fávaro me apoiou, Pivetta me apoiou, então é um desses dois que terá meu apoio”, pontuou o governador.
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