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Rosa Neide critica diminuição da renda emergencial por Bolsonaro e diz que bancada vai lutar para manter R$ 600

Da Redação - Isabela Mercuri

Depois que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai manter o auxílio emergencial até dezembro de 2020, mas diminuir o valor de R$ 600 para R$ 300, a deputada federal Professora Rosa Neide (PT) criticou a proposta, e afirmou que a bancada do PT na Câmara vai lutar para que o valor continue o mesmo.

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“A pandemia nos mostrou o quanto temos famílias fragilizadas no Brasil, sem segurança alimentar. Diminuir o auxílio alimentar pela metade, é retirar a comida da mesa dos que mais precisam. Bolsonaro age com frieza e deixa o nosso povo à deriva”, criticou a deputada. Outros parlamentares da bancada petista ainda classificaram a proposta do presidente como “perversa e desumana”.

“É um absurdo cortar a renda emergencial de R$ 600,00 para R$ 300,00. Isso mostra o desrespeito que Bolsonaro tem ao nosso povo, o desrespeito com os mais pobres”, afirmou o líder da Bancada do PT na Câmara, Enio Verri (PT-PR). “Estranhamente, ele é excessivamente ágil para cortar a renda emergencial, vetar a lei Assis Carvalho que trata da agricultura familiar e ajudar banqueiros, mas é muito lento quando é para ajudar aqueles que mais necessitam”, completou Verri.

O líder petista ainda sugeriu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao próprio Bolsonaro que utilizem os lucros das reservas cambiais deixadas pelos ex-presidentes Lula e Dilma para manter o benefício. “Graças às reservas internacionais de mais de U$ 370 bilhões deixadas pelos governos Lula e Dilma, o Banco Central teve um lucro de R$ 400 bilhões. O custo da renda emergencial de R$ 600,00 por mês, é de R$ 50 bilhões mensais. Portanto, só o lucro das reservas cambiais deixadas por Dilma e Lula equivale a oito meses de pagamento do auxílio emergencial”.

Na terça-feira (1), Bolsonaro anunciou que vai manter o auxílio emergencial por mais quatro meses, mas que ele será de R$300. “O valor de R$ 600, como vínhamos dizendo, é muito pra quem paga, no caso o Brasil. E, podemos dizer que não é um valor suficiente para todas as necessidades, mas basicamente, atende”, disse Bolsonaro. “O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do Bolsa Família. R$ 300 reais”. A declaração foi feita depois de reunião com ministros e líderes de partidos governistas no Palácio da Alvorada. Essa será a segunda prorrogação do benefício.
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