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Crianças com paralisia cerebral podem atingir seus potenciais a partir de bons tratamentos, defende fisioterapeuta

Da Redação - José Lucas Salvani

A fisioterapeuta especialista em neuropediatria, Camila Albues, defende que crianças com paralisia cerebral (PC) podem atingir seus potenciais em consequência de bons tratamentos. Nesta terça-feira (6), é o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, data criada para se debater sobre a deficiência, e a proprietária da clínica Vital Kids aproveitou para lançar a campanha “Ser Diferente é Normal”.

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“Ao receber o diagnóstico de paralisia cerebral, os pais iniciam uma jornada de descobertas, precisando entender quais são as reais necessidades e os melhores caminhos a se percorrer para reabilitar essa criança, proporcionando a busca de suas potencialidades em viver de forma plena mesmo diante da sua debilidade”, explica Camila Albues.

A PC é uma desordem motora resultante de diversos fatores como hemorragias e faltas de oxigênio no cérebro. A deficiência pode ser desenvolvida ainda enquanto o bebê está no útero de sua mãe ou em até dois anos de vida da criança. Por este motivo, as crianças “necessitam de profissionais aptos a receber e entender as suas necessidades nos ambientes públicos e privados desde um estacionamento, rampa ou banheiro adaptado sendo o mínimo que se espera. Lutamos no dia a dia da reabilitação por mais respeito, dignidade, amor e menos preconceito”, detalha a fisioterapeuta.

Proprietária da clínica Vital Kids, Camila faz atualmente doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento no Mackenzie SP e reforça que o melhor tratamento é aquele que está centrado na família, sendo protagonista da reabilitação e na inclusão da criança.

“As pessoas precisam entender que ‘ser diferente é normal’. Realizar qualquer atividade, como brincadeiras, jogos, ir ao cinema ou em um parque de uma forma diferente para que a criança com paralisia cerebral possa participar, isso é inclusão social! [Assim como] o conjunto de medidas direcionadas a indivíduos excluídos do meio social, seja por alguma deficiência física ou mental, possibilitando que todos os cidadãos tenham oportunidades de acesso a bens e serviços, como saúde, educação, emprego, renda, lazer, cultura, entre outros  é o nosso sonho”, finaliza Camila.
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