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Áudios apontam que Sandro Louco teria sido responsável por ordenar morte de traficante em Cuiabá

Da Redação - Bruna Bom

Em áudios que circulam em aplicativos de mensagem, Sandro da Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco, principal líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, é apontado como o mandante do assassinato de Edson Gonçalves de Jeus, conhecido como ‘Disson’, um dos maiores traficantes de drogas do bairro Pedregal e região, na sexta-feira (23). No entanto, a hipótese será investigada pela Polícia Civil. 

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De acordo com a gravação, na noite de quinta-feira (22), Edson teria batido no carro do filho de um pastor evangélico, muito estimado pelos moradores do bairro Pedregal. Após isso, o criminoso teria iniciado uma discussão e quebrado uma garrafa de Whisky na cabeça do dono do carro.

O pastor tentou intervir, mas foi ameaçado pelo traficante. Preocupado com a situação, o líder religioso comentou sobre o ocorrido com uma amiga, que entrou em contato com outros dois homens do Comando Vermelho, ‘Melancia’ e ‘Torto’, conhecidos por manter a 'disciplina' na facção. 

A situação foi repassada a outros membros do Comando Vermelho, chegando aos ouvidos de Sandro Louco, que atualmente cumpre pena na Penitenciária Central do Estado. Sendo o principal líder da facção, Sandro teria ordenado a morte de Disson.

Melancia e Torto teriam então dado início às buscas pelo traficante, localizando-o no início da tarde de sexta-feira (23). O traficante, que não integrava o Comando Vermelho, foi morto a tiros.

O caso

Edson Gonçalves de Jesus, conhecido como ‘Disson’, de 46 anos, foi executado a tiros, no bairro Renascer, em Cuiabá. Segundo informações preliminares, Edson estava em um veículo Pajero quando foi atingido pelos tiros. Logo depois, ele colidiu com um Renault estacionado na calçada. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Sandro Louco
 
Sandro Louco possui diversas condenações e a soma das penas ultrapassa 200 anos de reclusão. Antes de ser recambiado para Cuiabá, ele cumpria pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) e é apontado como um dos integrantes da organização criminosa Comando Vermelho.
 
A primeira prisão de Sandro Louco ocorreu em 2000, após assaltar um banco em Várzea Grande. Enquanto preso, ele conseguiu fugir pelo menos quatro vezes e ainda liderou uma rebelião em Água Boa.
 
Dentre os crimes cometidos por Sandro Louco estão: latrocínio, roubo a banco, homicídio, sequestro e formação de quadrilha. As penas, somadas, ultrapassam os 200 anos de reclusão. Em 2017, ele foi o primeiro réu a participar de um júri popular por videoconferência em Mato Grosso.
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