Sem poderem divulgar quanto já arrecadaram e quanto vão gastar em suas campanhas até depois da eleição suplementar, por conta de um problema na plataforma do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), alguns candidatos ao Senado já tiveram seus nomes incluídos na lista de despesa dos diretórios nacionais de seus partidos, como o deputado José Medeiros (Podemos), que recebeu R$ 1 milhão e o ex-governador Pedro Taques (SD), que recebeu R$ 500 mil, ambas doações vindas do fundo eleitoral.
Leia também
MT deve ter nomes de senador, prefeitos e vereadores eleitos até 21h de domingo
De acordo com a prestação de contas do diretório nacional do Podemos, existe a despesa de R$ 500 mil endereçada a eleição suplementar de José Antônio dos Santos Medeiros, para senador, registrada no dia 5 de outubro e outra despesa no mesmo valor no nome de sua candidata a primeira suplente, a policial militar Zozima Dias dos Santos.
Como toda a arrecadação do partido de mais de R$ 83 milhões veio de recursos do fundo eleitoral e partidário, entende-se que o recurso destinado a campanha de Medeiros veio da contribuição de impostos.
Outro diretório nacional que fez doação direta para um candidato ao Senado, na eleição suplementar de Mato Grosso foi o Solidariedade, que também registrou uma doação no valor de R$ 500 mil para Pedro Taques, no dia 12 de outubro.
Assim como o Podemos, 100% do recurso arrecadado pelo partido Solidariedade (mais de R$ 46 milhões) veio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Os onze candidatos ao Senado, por conta de um problema na plataforma do TRE só vão poder encaminhar suas prestações de contas com o valor arrecadado e com todas as despesas somente depois da eleição, agendada para o dia 15 de novembro.
Vale lembrar que o limite legal de gastos para a eleição suplementar é de R$ 3 milhões.