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Lisca questiona procedimentos contra Covid e diz que hotel de Cuiabá não estava higienizado

Da Redação - Wesley Santiago

O treinador do América (MG), Lisca, questionou – em entrevista ao Bem Amigos, do Sportv, na última segunda-feira (24) – os procedimentos adotados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra a Covid-19. Como exemplo, usou um episódio ocorrido em um hotel de Cuiabá, onde argumentou que seu quarto não estaria higienizado, colocando-o em risco de contrair a doença.

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“Ficamos em um hotel em Cuiabá, entrei em um quarto e não estava higienizado. As toalhas não estavam ensacadas, tu via que tinha recém-saído gente dali. E se o cara estava com Covid? Como é que vai saber? São detalhes muito importantes que quebram o protocolo e você sai deste controle que teoricamente teria. O contágio é muito mais fora do campo do que dentro do ambiente de trabalho”, pontuou o treinador. Porém, ele não revelou o nome do local em que a equipe ficou.
 
Ainda segundo Lisca, os protocolos são dúbios. “Por exemplo, fizemos o teste em Curitiba (PR), para o jogo contra o Juventude (RS), mas depois pegamos o avião, fomos para o hotel, comemos no restaurante, que é o mesmo dos hóspedes, já que não temos capacidade financeira para reservar uma sala somente para nós. Existe muito contato depois da testagem. Você vai para o jogo, teoricamente está imune, mas não ficou isolado”.
 
Além disto, o treinador ainda apontou que não são todos os profissionais que fazem o teste. “Não. Meu analista de desempenho, que está com a gente, por exemplo, não faz. De vez em quando trazemos todos funcionários e testamos, porque temos convênio com laboratório, mas isto é a cada dez ou quinze dias”.

Pedido de desculpas

Após um pedido de Galvão Bueno, Lisca também se desculpou por se aglomerar com torcedores do clube mineiro em meio à pandemia de covid-19. Na ocasião, o técnico desceu do ônibus e foi ao encontro de torcedores, que aguardava a delegação na porta do centro de treinamento do América-MG

"Realmente, foi uma atitude fora do contexto, eu já tive o vírus, o risco é menor, mas ainda há o risco. Os jogadores já haviam ido embora. Isso foi por volta da uma da manhã, a torcida esperava demais os jogadores, eu desci e os caras atravessaram a barreira da polícia, eu só ia chegar perto, não tive o que fazer. É uma situação que não vai se repetir, o torcedor estava feliz, mas neste período de pandemia tem que ter muito cuidado."
 
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