Imprimir

Notícias / Cidades

Sargento da Polícia Militar denuncia subtenente por estupro dentro de UPA em Cuiabá

Da Redação - Fabiana Mendes

Uma sargento da Polícia Militar denunciou ter sido estuprada por um subtenente, durante serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Verdão, em Cuiabá. O episódio teria sido registrado no dia 5 de junho, mas só foi revelado nesta segunda-feira (23), nas redes sociais.

Leia mais:
Três pessoas da mesma família são presas em pontos de venda de drogas distintos de Cuiabá

Segundo a militar, no dia 5 de junho, como estava no auge da pandemia do novo coronavírus, ela bebia pouca água por estar sempre de máscara. Por volta das 21h, pediu para o companheiro de serviço comprar uma água para ela, pois estava com muita sede.

O subtenente teria dito que a levaria para comprar a água e então pegou a chave da viatura e seguiu até a sede do 10º Batalhão. “Eu bebi água, enchi minha garrafinha. Quando voltei para a viatura, ele pegou minha mão e colocou em cima do p* dele. Em cima das calças mesmo. Estava com o p* duro, ereto, não estimulei, nem nada”, diz. 

A mulher conta também que repreendeu a atitude e disse que eles não poderiam “fazer esse tipo de coisa”, pois estavam em “serviço”. “Me respeita, por favor, pois não há a mínima possibilidade de acontecer qualquer coisa”, acrescentou a mulher no vídeo.

Depois de pegar a água, ambos voltaram para a UPA Verdão, local onde teria acontecido a conjunção carnal forçada. No saguão, o subtenente teria dito que eles precisavam fazer uma ronda interna na unidade de saúde. Ela teria dito que já teria feito, inclusive tirado foto. Entretanto, ele continuou insistindo e eles foram fazer a ronda interna.

“Fui fazer a ronda com ele. Passou a primeira porta, mostrei a sala de emergência, mostrei as outras salinhas. Quando chegou na terceira porta, ele me empurrou para a salinha escura. Lá, ele me agarrou, arrancou minha máscara, me beijou a força, um beijo bem prolongado, conseguiu tirar minhas calças, conseguiu praticar conjunção carnal pênis-vagina e empurrou minha cabeça para fazer sexo oral nele. Eu falei que ele estava podre, fedido, que não tinha condições, que estava com ânsia de vômito, e não ia fazer aquilo”, afirma.

Diante da recusa, a mulher diz que o militar continuou a praticar conjunção carnal até ela falar que eles teriam que continuar em outro local. “Acho que ele se sentiu com esperança e parou de praticar o ato”, conta. Após ejacular, o homem pediu que ela colocasse a máscara para que eles saíssem “como se nada tivesse acontecido”.

A sargento afirma que antes do episódio eles nunca tiveram nenhum tipo de conversa, inclusive eles não tinham sequer o telefone um do outro. “Nunca houve comunicação entre nós antes da data do fato”. A mulher ainda relata que depois disso, ainda foi assediada outras vezes pelo subtenente.

“Foi muito difícil para mim, eu só consegui denunciar pois entrei em pânico, pois me disseram que eu ia trabalhar sozinha no CR1 (Comando Regional 1) e eu imaginei que esse cara ia pular a cerca e me atacar novamente”.
 
Ainda nas redes sociais, a sargento pede justiça. Segudo ela, após a divulgação do caso, o homem teria registrado um boletim de ocorrência acusando a mulher de difamação.

A Corregedoria Geral da Polícia Militar informou que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurando, concluído e está sob análise para posterior remessa à Vara Militar.
Imprimir