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PGE pede investigação em 'fake news' sobre fechamento de escolas e deputado cobra transparência

Da Redação - Max Aguiar

Depois que a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE-MT) pediu de maneira oficial ao Delegado Geral da Polícia Civil, Mário Demerval, investigasse "fake news" dizendo que Secretaria de Educação (Seduc) iria fechar 300 escolas no estado, o deputado Lúdio Cabral (PT) reagiu e pediu mais transparência ao secretário da pasta, Alan Porto. 

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As “fake news" tiveram início por mensagens de Whatsapp, porém passaram a circular em veículos de comunicação, o que conforme o documento da PGE, “são capazes de causar pânico e medo na população mato-grossense”.

Após 24h que soube que o estado abriu inquérito para investigar a situação, o deputado petista cobrou que o governo seja transparente nas medidas que afetam a educação pública, e que responda aos reiterados questionamentos. Ele observou que, como parlamentar, tem obrigação de fiscalizar o Poder Executivo. 

“Se existe fake news na educação de Mato Grosso, essa fake news se chama governo Mauro Mendes. Ele está completando dois anos de mandato e, nesses dois anos, a única coisa que ele fez foi desmontar a educação pública de Mato Grosso. A gestão da Educação no governo Mauro Mendes é a grande fake news, essa que é a grande verdade”, disse Lúdio. 

Ao receber denúncias sobre o fechamento de escolas no estado, Lúdio prontamente convocou o secretário de Educação, Alan Porto, para prestar esclarecimentos. No entanto, durante a audiência realizada na Assembleia Legislativa na quarta-feira (25), o secretário se esquivou de informar objetivamente os planos da Seduc para fechar escolas e cortar custos. Somente depois, ao ser questionado pela imprensa em entrevista coletiva, é que o secretário citou um número. 

“Nas mais de duas horas de questionamentos que fizemos ao secretário, ele sequer respondeu à pergunta mais objetiva de todas, que é quantas e quais escolas o Estado pretende fechar. O governador precisa ter transparência. O problema é que, como eles querem fazer maldade, eles ficam tangenciando. Não abordam de forma objetiva, clara e transparente as questões e vão tomando decisões e criando fatos consumados”, observou Lúdio. 

Lúdio afirmou também que o governo precisa dialogar com as comunidades escolares, em vez de simplesmente comunicar por e-mail sobre o fechamento de escolas e silenciosamente tomar medidas que acabam com políticas públicas educacionais. Além disso, medidas como o fim das séries iniciais do Ensino Fundamental na rede estadual, publicada ontem no Diário Oficial, não foram debatidas com as escolas, nem com os municípios e sequer citadas pelo secretário na audiência. 

“A partir de qualquer rumor, qualquer notícia que chega até nós de maldades contra a população, nós, parlamentares, temos o dever de questionar o governador. E foi o que nós fizemos e é o que faremos sempre, doa a quem doer”, disse Lúdio.
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