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Abílio critica regras e afirma que não abandonou debate por pedido da esposa

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Isabela Mercuri

O candidato à Prefeitura de Cuiabá, Abílio Junior (Podemos), criticou as regras do debate da TV Vila Real, que aconteceu entre o fim da manhã e o início da tarde desta sexta-feira (27), mesmo com sua equipe tendo assinado documento concordando com o que foi estipulado e afirmou que não abandonou o local por conta de um pedido da sua esposa, por telefone.

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O atual vereador disse que se sentiu bastante ofendido no debate e que foi alvo de várias calúnias e difamações por parte de Emanuel Pinheiro (MDB). “O foco devia ser apresentar propostas para a população. Com tanta troca de acusações, tivemos pouca coisa a ser apresentada. Acredito que na outra emissora, poderemos fazê-lo. As regras não ficaram muito claras e abertas, permitiu que fosse uma bagunça. Agradeço a população que conseguiu assistir e separar um do outro”.
 
“O candidato em questão explorou que o direito de resposta seria no fim para me atacar. Não faz sentido participar de algo em que sou chamado de lixo e outras coisas. A população quer uma pessoa mais inteligente, preparada. Aquilo mostrou o desespero do Emanuel. Palavras de baixo calão, desrespeito a todos que estão assistindo. Eu não xinguei, não vou baixar a este nível. Peço que da próxima vez tenha regras mais rígidas. Tudo isso aconteceu no horário da família. O próximo, se for permitido fazer desta forma, eu não faria”, completou o candidato.
 
Abílio também criticou Emanuel por usar passagens da bíblia durante o debate, dizendo que ele “nem religioso é”. Além disto, mais uma vez o candidato atacou alguns sites de notícias, dizendo, sem provas, que seriam comprados pelo atual prefeito.
 
Questionado se pensou em deixar o debate, Abílio confirmou que sim, mas que sua esposa o demoveu da ideia. “Recebi uma ligação da minha esposa, que disse para eu me manter firme, para permanecer. Pediu para que eu me posicionasse mais firme. Disse que eu não precisava aceitar as calúnias. Ela me orientou, decidi ouvi-la e fiquei até o fim do debate”.
 
“Tenho quase 300 propostas para Cuiabá. Neste debate, não deu para apresentar quase nada. Isso foi uma guerra. Se observar nossas respostas, a gente rebatia as acusações e apresentava as propostas”, pontuou o vereador.
 
Por fim, questionado sobre o motivo de não ter parado para dar entrevistas em sua chegada, o candidato disse que estava atrasado. “Me avisaram que eu estava atrasado, que alguns jornalistas iriam fazer perguntas capciosas. Cheguei fazendo aquilo que me pediram. A própria menina da Gazeta estava me apressando. Também não poderia esperar Emanuel dar entrevista para eu depois falar, já que estava para começar o debate”.
 
“Todas as vezes que nos procuraram, respondi. Tenho respeito aos jornalistas, sempre colaborei, mandei matérias, denúncias e conteúdo. O que não posso aceitar é que alguns poucos, bem poucos, possam manchar a imagem do bom jornalista. Não sou obrigado a responder quem faz uma pergunta para atender o adversário. Como candidato ou prefeito, dou entrevista para quem eu achar que devo. A prefeitura tem que dar entrevista para todos, como candidato, dou entrevista para quem eu quiser. Não é perseguição a imprensa. É separar o joio do trigo”, finalizou.
 
Debate
 
O atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e o vereador Abílio Júnior (PODE) protagonizaram um debate que deve entrar para a história da disputa pelo Palácio Alencastro como um dos mais agressivos e violentos. Os dois candidatos trocaram ofensas e solicitaram direito de resposta por inúmeras vezes. Na troca de adjetivos e ofensas, os dois chegaram a engatar um bate-boca que seguiu fora do ar, com a produção cortando os microfones e filmando o mediador, jornalista Antônio Carlos, que teve dificuldades para interromper a discussão.
 
O debate teve cinco blocos e a troca de ataques se sobrepôs ao confronto de propostas em muitos momentos. Abílio chamou Emanuel de corrupto e se referia a ele como “paletó” por diversas vezes. Na guerra psicológica para desestabilizar o adversário, o emedebista também fez ataques pesados, chegando chamar o opositor de “lixo” e “pai da mentira”, bem como “fantasma”.
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