Membros do Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso, acompanhados do deputado João Batista (Pros), não foram recebidos pelo secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho na manhã desta quinta-feira (2). No entanto, eles tiveram uma pauta propositiva com o deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa, logo em seguida.
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A primeira agenda da Casa Civil, conforme fontes da reportagem, foi desmarcada porque o secretário e porta voz do governo de Mato Grosso, Mauro Carvalho, ainda estava chateado com o protesto feitos nas imediações do Palácio e da Assembleia, na manhã de quarta-feira (2), o que impediu que funcionários do estado chegassem no horário.
Por conta disso, ele preferiu não receber a categoria, que luta pela regularização da PEC-05/2020 que regulariza a função do Policial Penal em Mato Grosso. A pauta é de autoria do deputado João Batista e ainda não foi votada em plenário.
Os servidores fecharam as ruas do Centro Político e cobraram aprovação da peça, que regulariza questões salariais e normas da carreira dos agentes. Com a negativa da primeira agenda, os membros do Sindicato foram até a Assembleia Legislativa e lá foram recebidos pelo deputado Eduardo Botelho. Na fala inicial, Botelho deixou claro que também não gostou da manifestação, porém está pronto para negociar com os deputados a aprovação da PEC e também com o governo a situação salarial e de toda categoria.
À imprensa, o presidente da ALMT afirmou que irá fazer a mediação com o Governo. "Nós vamos retomar, tentar uma conversa com o Governo para nós retomarmos o diálogo, retomarmos as conversas, negociações, e é isso que vamos fazer. Voltar a pacificar e dialogar, e achar um caminho para atendê-los, para melhorar, e eles têm o apoio da Assembleia Legislativa para que nós possamos aprovar num futuro bem rápido a PEC que cria a Polícia Penal, que já existe em vários estados, eu acredito que é um direito deles, e nós começarmos a estudar junto ao governo, eles vão abrir esse diálogo, para ver o que pode ser feito pela categoria. O governo já está aberto para isso. Já liguei, já falei com o secretário, na próxima semana é bem provável que a gente consiga uma agenda para começar essa discussão".
A presidente do Sindispen, Jacira Maria da Costa, ficou satisfeita com a reunião, mas afirmou que, como o secretário não recebeu a categoria, os protestos continuam. "O deputado sempre muito gentil atendendo às solicitações do deputado do sistema penitenciário, nos deixou tranquilos quanto à questão da PEC. Porque nós tínhamos um ofício do secretário, mas o presidente Botelho nos deixou muito claro de que [é] a Casa quem vai aprovar essa segunda etapa, que é o segundo turno da PEC, e saímos daqui contentes e já vamos levar para a nossa categoria que este avanço já iniciou", disse.
João Batista disse que, apesar da negativa do Palácio Paiaguás em receber a categoria, o trabalho dentro do parlamento continua para viabilizar a aprovação da Emenda Constitucional. "Nós estamos tratando aqui com o presidente de um poder, e o deputado Eduardo Botelho sempre foi muito solícito com todas as categorias. Ele tem um carinho especial com a Polícia Penal do Estado de Mato Grosso, atendeu muito bem aqui essa comissão, e tenho certeza que vai começar a andar essa negociação", afirmou o deputado. Segundo João, se houver consenso, a PEC já pode ser votada na próxima semana.