Imprimir

Notícias / Política BR

Advogado de deputado alvo da PF diz que busca e apreensão em gabinete foi "desnecessária"

Da Redação - Fabiana Mendes / Da Reportagem Local - Max Aguiar

O advogado Leonardo Bernazolli, que representa o deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, considerou a busca e apreensão realizada no gabinete do parlamentar, na manhã desta quarta-feira (9), desnecessária. Nininho é alvo da 'Operação Chapéu de Palha', com objetivo de colher provas para a investigação que apura fraudes à licitação e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

Leia  mais:
Três deputados e ex-parlamentar são alvos de operação; PF faz buscas em gabinetes da ALMT; veja

“A gente entende como totalmente desnecessária a realização da busca e apreensão já que se trata de fatos pretéritos, que poderia muito bem o deputado ir até a sede da polícia prestar os devidos esclarecimentos e nós não estaríamos aqui hoje nessa busca e apreensão”, afirmou ele em conversa com a imprensa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). 

O advogado acrescentou também que foram apreendidos dois contratos na sala do deputado. Além disso, afirmou que o parlamentar irá prestar esclarecimentos necessários à autoridade policial.

“A operação hoje trata-se de uma busca e apreensão. Tão somente uma busca e apreensão a fim de objetivar a apreensão de alguns documentos que justificassem o escopo principal da investigação. Trata-se de uma investigação direcionada a construtora Rocha, a qual o deputado, seus familiares e as empresas do grupo familiar não tem qualquer ligação”.

“É uma investigação grande. Existem obras realizadas em algumas cidades do interior (Juscimeira, Itiquira, entre outras), mas nada que ligue ao deputado. Sobre os fatos, objeto da investigação, nós não temos nem o que esclarecer porque o deputado não tem qualquer participação nessas obras nem nada”, pontuou.

As investigações seriam referentes ao ano de 2013, relacionadas a emendas para eventos. “Esclareço mais ainda, há de se estranhar, porque os fatos se remontam no ano de 2010 a 2014. Hoje estamos em 2020 e o deputado nunca foi chamada na ensede da investigação para prestar algum esclarecimento caso fosse necessário”, diz.

As ordens judiciais foram autorizadas pela Justiça Federal de Rondonópolis, mas seguem sob sigílo.
“Não temos como prestar esclarecimentos sobre o ponto principal da investigação de eventual desvio, eventual má aplicação de recurso, porque como eu disse, o deputado não tem qualquer participação na aplicação de recurso, ele não tem qualquer envolvimento com a empresa principal investigada. Na verdade, a gente está tentando descobrir qual seria o motivo dessa busca e apreensão, inclusive a inclusão do deputado nessa investigação. Não há elementos palpáveis que liguem ele ou qualquer empresa do grupo familiar aos fatos investigados”, relatou o advogado.

Ainda conforme ele, o deputado segue com a agenda de compromissos.
Imprimir