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Estudo mostra o quanto as séries de streaming impactam na vida dos espectadores

DA BETWAY

Devido a pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas passaram a ficar em casa, o que pode ter levado a um aumento no tempo de utilização de streamings. Segundo a Conviva, entre 2019 e 2020, houve um aumento de 63%. Partindo deste pressuposto, um estudo se propôs a verificar como os principais sucessos de público de série de streaming influenciam na vida dos espectadores.

O estudo, que é comandado pela Betway, site de roleta online, aponta que no Google “O Gambito da Rainha”, da Netflix, se tornou a oitava série mais buscada mundialmente. Com mais de 551 milhões de minutos assistidos, “O Gambito da Rainha” fez com que a busca pela jogada de mesmo nome aumentasse 250%, enquanto a procura por “jogadas de xadrez” cresceu 150%. O termo “siciliana”, que é uma jogada, foi o que mais aumentou as buscas em 300%.

“Emily em Paris” também influenciou nas buscas por tendência de moda: “Bucket hat” cresceu 342% enquanto o modelo de bolsa “jelly snapshot" aumentou 92%.

Já por “The Crown”, a busca por “Rainha Elizabeth II” aumentou 433% na semana de estreia de cada uma das temporadas. Com relação a quarta temporada, as buscas por “Princesa Diana” aumentou 1566% e o termo "Príncipe Charles” cresceu 1425%. O termo “Margaret Thatcher” também aumentou 1540% apenas nos três primeiros dias de estreia da última temporada.

O impacto que “The Crown” trouxe, entretanto, vai para além das pesquisas no Google. Segundo o estudo, 35% dos britânicos passaram a enxergar a família monarca “um pouco melhor” ou “muito melhor”. Já 34% passaram a ver o Príncipe Charles com mais empatia.

Segundo a psicóloga clínica, mestre e doutora pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Deborah Perez, as séries ajudam a moldar a personalidade de um indivíduo. “O ser humano é o que é ao estar no mundo: agir, produzir, consumir, relacionar-se. Dessa forma, há influência direta da produção midiática na nossa subjetividade”.

“A imitação se dá de maneira natural, pois o ser humano é um gregário. Isso significa que somos naturalmente sociais e precisamos do outro para olhar para si, para identificar o que neles se parecem ou se diferenciam. Todo esse processo vindo das produções midiáticas funciona como uma âncora para o autoconhecimento”, diz Deborah.
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