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Após ameaça de denúncia pelo Flamengo, dono da Bom Futuro volta atrás sobre doação ao SPFC

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Após bancar a multa de R$ 1 milhão para que o lateral Rodinei jogasse o duelo contra o Flamengo e ver os planos irem por água abaixo com a expulsão dele no início do segundo tempo e a derrota por 2 a 1 e, depois, ainda declarar que ‘injetaria’ dinheiro para o São Paulo vencer o Flamengo, o dono da Bom Futuro e primo de Blairo Maggi, Elusmar Maggi Schefer, voltou atrás em suas afirmações. “Peço desculpas pelas palavras ditas "no calor do momento" e reitero que jamais falei em nome do Inter”, afirmou à imprensa. 

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As declarações do empresário não passaram batido e, na manhã desta segunda-feira (23), o Flamengo anunciou que iria denunciar Elusmar, por encaminhamento de notícia crime, ao Ministério Público e à polícia.

O dirigente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, afirmou em rede social que faria a denúncia pois manipular resultado de jogos sob qualquer forma é crime previsto no estatuto do torcedor. “Esse torcedor pode ser rico, mas vê-se que não é preparado”, afirmou o dirigente.

"Como qualquer colorado, fui impactado pela partida de domingo (21) no Maracanã. O amor pelo clube me moveu a fazer uma doação espontânea com intuito de ajudar, de fazer a minha parte na busca pelo título. Depois de tudo que aconteceu, com o lamentável erro do árbitro e do VAR, e a derrota que deixa o título mais difícil agora, me manifestei sem pensar", afirmou o produtor. 

"Envolto em emoção, afirmei que poderia participar da última rodada com aporte financeiro ao São Paulo, algo que considero equivocado. Sei que não é ético, aceitável, nem necessário este tipo de coisa, já que o São Paulo, como grande clube que é, não precisaria de qualquer incentivo para tentar a vitória", completou Elusmar em nota enviada à imprensa. “Peço desculpas pelas palavras ditas "no calor do momento" e reitero que jamais falei em nome do Inter”, finalizou o empresário

Tal prática é conhecida no meio do futebol como 'mala branca'. Ela consiste em pagar um incentivo para uma outra equipe vencer um adversário (em partida que influi diretamente na sua briga por uma fuga do rebaixamento ou título, por exemplo) e costuma ser comum na reta final do torneio. 

Na sexta-feira (19), Elusmar doou R$ 1 milhão ao Sport Club Internacional. O valor correspondia a multa que deveria ser paga pelo time para que Rodinei, lateral que pertence ao Flamengo e está emprestado aos gaúchos, jogasse. 

O tiro acabou 'saindo pela culatra', já que Rodinei foi expulso logo no início do segundo tempo, em lance polêmico revisado pelo VAR (árbitro de vídeo). 

(Com informações IG Esportes)
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