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Notícias / Esportes

Dá para o Flamengo voltar a ser a versão de 2019?

Da Assessoria

O Flamengo não vive temporada tão boa quanto foi 2019 – por quê?  

Muito mais difícil do que tentar explicar o sucesso de um time de futebol, é tentar fazê-lo com a ausência dele.

O Flamengo de 2019 foi campeão de praticamente tudo o que disputou: Brasileirão, Copa Libertadores, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Campeonato Carioca. Faltaram a Copa do Brasil, é verdade, mas ninguém tira o mérito e o brilho dos outros troféus do time.

Considerando isso, é de pensar no porquê de a temporada do Flamengo em 2020 não ter sido nem sombra do que foi a anterior. Leia mais sobre o Flamengo a seguir.
 
A temporada ainda não acabou

Antes de se entregar ao pessimismo, é importante lembrar que a temporada de 2020 do Flamengo ainda está longe de acabar. Na vice-liderança do Brasil depois de igualar seu número de jogos com os dos principais concorrentes ao título, o Flamengo é, sim, candidato ao bicampeonato – o sétimo troféu do Brasileiro, se vier.

Time, todos sabem, o Rubro-Negro tem. É verdade que nomes importantes como Rafinha e Pablo Marí foram embora, mas a espinha dorsal do elenco continua lá, com nomes como, Éverton Ribeiro, Gerson, Gabriel Barbosa, Arrascaeta, Bruno Henrique e tantos outros ainda vestindo a camisa.

A grande questão, porém, é que o Flamengo está numa posição bem diferente da que esteve no passado: não depende mais só de si mesmo.

Disputando ponto a ponto as primeiras posições com Atlético-MG, Internacional e Palmeiras (este mais entretido com o Mundial de Clubes e a Copa do Brasil, é verdade), o Flamengo continua na posição de candidato ao título, mas torce contra os outros, ao invés de só para si.

Mais importante ainda é lembrar que o time faz confronto direto com o Inter, justamente na penúltima rodada. O objetivo do time até lá deve ser um só: ganhar todos os jogos, isto é, fazer sua parte, e torcer para um tropeço do Colorado, de modo que o duelo entre ambos seja, efetivamente, uma final adiantada.
 
Preocupações com o futuro
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O Flamengo é dono de uma saúde financeira invejável e comparável a poucos outros clubes. Isso é trabalho de anos dos diretores, cartolas e outros engravatados por trás das finanças e contratos, mas não foi o suficiente para elevar o Flamengo ao posto de melhor do Brasil em 2020.

Pensar no futuro, porém, passa necessariamente por pensar em como manter hábitos saudáveis dentro e fora de campo. A parte das finanças é importante, mas o psicológico também é de importância gritante, ainda mais num elenco com nomes tão grandiosos – ego é algo que existe e não deve ser ignorado.

Cotado para sair a toda hora, o técnico Rogério Ceni, diferente de Jorge Jesus, não passa a confiança que o time e o torcedor esperam. Parece difícil ver o ídolo do São Paulo permanecendo, e isso por si só já afeta todo o planejamento de futuro na Gávea.
Mesmo assim, com dinheiro e boas peças, toda desorganização pode ser compensada. Só observar o Palmeiras, que contratou Vanderlei Luxemburgo, visto com desconfiança desde o princípio, demitiu-o apenas no final do ano de 2020, trouxe Abel Ferreira de Portugal e foi premiado com a Copa Libertadores.

O mesmo aconteceu com o Flamengo em 2019: Jorge Jesus foi um plano rápido depois da passagem ruim de Abel Braga. Mas, claro, sempre é melhor traçar um planejamento e ele se mostrar certeiro. Veremos o que acontece em 2021.
 
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