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Homem que matou companheiro para dar S10 para ex tem comportamento psicopático

Da Redação - Wesley Santiago

O delegado José Getúlio Daniel, da Polícia Civil de Sorriso (420 quilômetros de Cuiabá) afirmou que o suspeito preso pela morte de Vanderlei Mazutti, 36 anos, apresentava comportamento psicopático e tentava atrapalhar o inquérito. Ele chegou a reconhecer o corpo da vítima, a qual ele assassinou com corte no pescoço e no ombro.

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As informações e evidências obtidas durante a investigação apontaram que o suspeito, de 25 anos, matou a vítima para roubar o veículo, uma camionete modelo GM S10, e entregá-la à ex-namorada, com que queria retomar o relacionamento.

"No decorrer do inquérito foram realizados vários interrogatório do suspeito, para esclarecer os fatos e ele sempre apresentava comportamento psicopático, tentando ludibriar o trabalho da Polícia. Ao final, vendo que não havia pra onde correr, ele confessou a prática criminosa", apontou o delegado. 

Com a conclusão do inquérito, o delegado representou à Justiça pela conversão da prisão temporária do investigado em preventiva.

O crime

No final de janeiro, o então suspeito do crime foi preso no município de Tabaporã (643 km ao norte de Cuiabá). Policiais civis de Sorriso foram até Tabaporã e com o apoio da delegacia do município conseguiram localizar o suspeito e cumprir o mandado de prisão temporária.

A prisão foi expedida pela Comarca de Sorriso no curso da investigação conduzida pela Divisão de Homicídios para esclarecer a morte de Vanderlei Mazutti, 36 anos.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 23 de janeiro, nas imediações da estrada Pontal do Verde, na zona rural do município, sem identificação. Havia lesões provocadas por arma cortante na região do pescoço e do ombro direito.

Investigação

Durante as diligências para apurar o crime, a Polícia Civil encontrou no local em que a vítima estava vestígios que indicavam ter havido uma luta corporal. Vanderlei estava vestindo apenas uma bermuda e descalço. 

No mesmo dia em que o corpo da vítima foi localizado, o suspeito procurou a delegacia e informou que um amigo (Vanderlei) teria ido até sua residência na noite anterior deixando a camionete S10, pegou sua motocicleta emprestada e saiu em posse de um cheque do suspeito, afirmando que trocaria, e não retornou mais ao endereço.

Durante o atendimento na delegacia, os policiais informaram ao suposto comunicante que a Polícia havia localizado o cadáver de um homem e solicitaram que ele fosse até o IML para verificar se poderia ser o do amigo que estaria desaparecido. O rapaz reconheceu o corpo como sendo o de Vanderlei Mazutti.

Com a identificação da vítima, coleta de depoimentos de familiares e amigos, exames periciais e outras diligências realizadas, a Polícia Civil levantou informações que apontavam o suspeito preso diretamente envolvido no homicídio de Vanderlei. Os policiais civis apuraram também, entre outras evidências colhidas, que a camionete da vítima, que o suspeito alegou ter permanecido estacionada em sua casa foi vista em uma das ruas da cidade sendo conduzida por ele.

No veículo foram encontradas manchas de sangue, fragmentos de vidro quebrado e os tapetes estavam molhados, evidenciando que a camionete passou por limpeza na tentativa de esconder os vestígios.  

O delegado Márcio portela, que conduziu o início da investigação, explicou que a suposta preocupação do suspeito em relação ao desaparecimento da vítima não passou de uma forma de dissimular as próprias ações para que familiares e amigos e a Polícia Civil não o tivessem como potencial autor do crime. 
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