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Conselho manifesta contrariedade à reabertura das escolas públicas e privadas de MT

Da Redação - Michael Esquer

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRPMT) manifestou, em nota, contrariedade à reabertura dos estabelecimentos da rede de ensino público e privado do estado de Mato Grosso. Entre os argumentos apontados pela Autarquia Federal, está o fato de o Brasil continuar sendo um dos países com a maior taxa de mortalidade e número de casos acumulados.

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De acordo com CRPMT, pesquisas cientificas e dados levantados em Cuiabá afirmam que a atencipação das providências de segurança e cuidado, como por exemplo o distanciamento social e a interrupção das aulas presenciais nos mais diversos níveis escolares e nas atividades complementares, como cursos de língua estrangeira e de atividade física, foram responsáveis pelo controle na mitigação que a capital teve no inicio da pandemia.

“Seria contraditório e incoerente com as evidências sanitárias que indicam que a pandemia permanece progredindo de modo insidioso e ainda com poucas condições de controle, que provavelmente, se efetivará apenas com a vacinação em massa. Por isso, preferimos mantermo-nos a favor da manutenção da vida dos estudantes e seus convivas neste momento, até que soluções mais efetivas se apresentem, como a vacinação”, disse o órgão ao justificar o posicionamento.

Na nota, o Conselho também mencionou as medidas de segurança que vem adotando para proteger os seus trabalhadores, bem como as psicólogas e psicólogos do Estado. ”Adotamos protocolos rigorosos no sentido de proteger a todas e todos, mas também de manter os nossos trabalhos na garantia de prestar o ofício de cuidar da nossa profissão. Politicamente viemos nos manifestando e cobrando das autoridades públicas as estratégias necessárias para a proteção da sociedade”.

A autarquia disse que presencial ou remotamente, qualquer atividade ou setor terão prejuízos, devido a persistência do quadro de emergência sanitária. “Como qualquer situação de emergência ou desastre os danos são esperados, ou seja, podem gerar impactos negativos no desenvolvimento psíquico da criança e do adolescente – seja pelo ensino remoto que os distanciam de aspectos importantes do contexto escolar ou pelos inúmeros prejuízos que o ensino presencial pode trazer, como o risco de infecção pelo novo Coronavírus”, explicou.

Apesar disso, o Conselho enfatizou que a preservação da vida deve prevalecer nesse cenário. “Nos unimos e nos solidarizamos àqueles que observam que os processos educacionais de ensino aprendizagem e do desenvolvimento infantil estão sendo prejudicados em razão da não presencialidade dos estudantes nas escolas, entretanto, a manutenção da vida é o mais importante neste cenário”, assinalou.
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