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Secretário relata esforço para novos leitos, mas prevê 100% de ocupação das UTIs neste final de semana

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

A taxa de ocupação dos leitos de UTI em Mato Grosso chegou a 96,45% nesta sexta-feira (5) e a previsão é que atinja 100% já no final de semana. O anúncio catastrófico é do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, que cobra da população o cumprimento das medidas restritivas de controle da pandemia.

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Gilberto ressalta que os leitos de enfermaria estão superlotados com pacientes em tratamento contra a Covid-19. Ele explica que hoje, as UTIs disponíveis não são ocupadas, já que é necessária uma retaguarda para atender aquele que tiver seu quadro de saúde agravado.

“Muitos pacientes que vão para as enfermarias, dependendo da forma que ingressam, tem a situação agravada e precisam de UTI. Hoje, as UTIs que tempos são de retaguarda, um leito reservado para um paciente na enfermaria que pode se agravar. Praticamente já chegamos numa taxa de ocupação total”, afirmou.

O secretário ainda explicou que não é fácil o processo para abrir novos leitos de UTI. É preciso de estrutura física, equipamento e profissionais e, nesse momento, há uma escassez. “Não desistimos. Esperamos conseguir aumentar os leitos, mas a sociedade precisa entender que todo recado dado até agora, necessita da participação da população”.

“A população parece que estava acética não acreditando que a situação poderia piorar. Hoje estamos numa taxa muito próxima de 100%, continuamos fazendo esforço muito grande para abrir novos leitos de UTI, mas, com o máximo de esforço que fizemos, muito provavelmente, os leitos que ainda abriremos serão insuficientes para atender as pessoas que precisarem de internação”, completou.

O número de casos registrados é de 259.946, sendo que foram notificadas 1.486 novas confirmações nas últimas 24 horas. Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 462 internações em UTIs públicas e 409 em enfermarias públicas. Isto é, a taxa de ocupação está em 96,45% para UTIs adulto e em 49% para enfermarias adulto.

Desde o início da pandemia, conforme o governo, a estrutura de UTIs foi ampliada em quase quatro vezes: haviam 124 UTIs administradas pelo estado em março de 2020. Em março de 2021, são 483 entre as UTIs que o estado administra e as que o estado cofinancia em parceria com os municípios.
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