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“Muda todo o cenário”, diz Fávaro sobre decisão de Fachin que torna Lula elegível

Da Redação - Isabela Mercuri

Sem querer entrar no “mérito”, o senador Carlos Fávaro (PSD) afirmou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, que anulou todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) nas ações penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tornou o ex-presidente elegível mudará todo o cenário da eleição de 2022.

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“Com essa decisão o tabuleiro zera. O ex-presidente Lula, independente do resultado da decisão judicial, é um player político que mexe com todos esse tabuleiro e vamos precisar de algum tempo para ver como isso se reage no meio da população”, afirmou o senador, Que em dezembro de 2020 foi chamado de “grande parceiro” pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), inimigo político de Lula.
 
O ministro Fachin ordenou que os casos sejam reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal. Na avaliação de Fachin, as ações não poderiam ter corrido em Curitiba, porque os fatos apontados não têm relação direta com o esquema de desvios na Petrobras. Ele lembrou que diversos processos deixaram a Vara do Paraná ou mesmo seu gabinete pelo mesmo motivo, desde o início da Operação Lava Jato.
 
Para Fávaro, acerca de decisão não há o que discutir. “Eu acho que muda todo o cenário, decisão judicial ão se discute, se cumpre, eu não quero entrar no mérito de qual foi o teor da decisão do ministro da Suprema Corte”, afirmou.
 
No último domingo (7), uma pesquisa feita pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), novo instituto de pesquisas da estatística Márcia Cavallari (ex-Ibope), mostrou que  apenas o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva demonstra ter mais capital político que o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro. Na pesquisa, 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência, e 44% afirmaram que não o escolheriam de jeito nenhum. Bolsonaro aparece com 12 pontos porcentuais a menos no potencial de voto (38%), e 12 a mais na rejeição (56%).
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