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Emanuel não descarta seguir orientação estadual, mas tendência é lockdown só no serviço público

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Após reunião com os prefeitos do Consórcio Municipal do Vale do Rio Cuiabá na tarde desta sexta-feira (26), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma que apesar de ainda avaliar se segue orientação do decreto estadual sobre adotar a quarentena obrigatória em Cuiabá, a tendência é de que suspenda apenas o funcionamento nas repartições públicas municipais, mantendo nas ruas os trabalhadores do setor privado. As medidas que serão tomadas no município devem ser anunciadas apenas no final de semana.

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“Estou avaliando ainda, não posso dizer que está descartada, mas é muito difícil na nossa visão. Penso seriamente no lockdown do setor público, do que não for essencial. Para os que podem fiquem em home office, e os que precisam ir para a rua trabalhar, continuam trabalhando. Esse é o lockdown que eu concordo", disse.

O decreto estadual publicado nesta quinta-feira (25) orienta que municípios com classificação de risco “muito alta” adotem a quarentena obrigatória por dez dias. Apesar de o Ministério Público Estadual (MPE) ter afirmado que a medida é impositiva, o governo defende que cabe aos prefeitos suspenderem ou não as atividades econômicas nesse período.

Emanuel, que presidente o consórcio formado por 13 municípios, liderou reunião remota direto do Palácio Alencastro. No local, apenas o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB). Após o encontro, o gestor da Capital declarou ser difícil os prefeitos adotarem medidas em conjunto, pois cada cidade tem uma peculiaridade.

“Pelo menos por enquanto não está sendo feito nenhuma deliberação em conjunto. Reunimos nossa equipe jurídica, entendo que seja um decreto orientativo, exatamente o que já havíamos defendido. Estamos nos reunindo com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, sempre ouvindo os seguimentos sociais, para no final de semana tomar a decisão o tanto quanto possível em parceria com Várzea Grande”.

Sobre a quarentena, ainda não descartada oficialmente, Emanuel afirma que a população deve conviver com o vírus de forma segura. “O vírus é uma realidade. Defendemos o isolamento para os grupos de risco, para quem pode. Todos aqueles que puderem, nós aconselhamos. Mas quem não puder, é necessário darmos as condições de segurança para a convivência com o vírus”.

Explica que no ano passado, quando adotou a quarentena na Capital, o momento era outro. Na época, segundo ele, havia necessidade de conhecer o vírus, entender a gravidade e formas de proteção.
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