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Local em que vítima de 'salve' foi encontrada pode servir como cemitério clandestino de facção criminosa

Da Redação - Wesley Santiago

A área de mata fechada, localizada próxima ao chamado 'Campo da Maconha', na região do Parque do Lago, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá) e onde foi encontrado o corpo de um homem, que foi vítima de um salve [sessões de espancamento], pode servir como um cemitério clandestino de uma facção criminosa. Nova denúncia aponta que outras três pessoas teriam sido enterradas no terreno. 

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Mais de 15 homens da Delegacia de Homicídio de Proteção à Pessoa e do núcleo de desaparecidos cumprem ação no local, na manhã desta quarta-feira (7). Na ocasião, foram encontradas amarras e camisetas com possível marcas de tiros. Há suspeita que o local também seja usado para o ‘tribunal do crime’. Há inclusive bancos para os criminosos que são ‘julgados’ pela facção.

O cemitério clandestino funcionaria cerca de 500 metros de distância de onde os corpos foram encontrados na semana passada. A área tem uma mata muito fechada e estão sendo usados equipamentos como retroescavadeiras.

No último dia 29 março, a Polícia Civil e Corpo de Bombeiros ficaram por horas no terreno procurando uma suposta vítima de 'salve', que havia sido enterrada próximo ao campo, após uma denúncia ser encaminhada para a Polícia Militar. 

No fim da manhã, a cadela Atena, do Corpo de Bombeiros, conseguiu encontrar o corpo enterrado, que foi retirado da cova no início da tarde. Horas depois da ocorrência ser finalizada, outra denúncia foi recebida pela Polícia Judiciária Civil, apontando que outros três corpos poderiam estar enterrados no local.

Vale lembrar também que a primeira denúncia apontava a presença de dois corpos no local. Porém, após os trabalhos, apenas um foi encontrado. A vítima aparentava ter algumas lesões causadas por objeto contundente e também por arma de fogo.

Segundo a nova denúncia, o local serviria como uma espécie de cemitério clandestino da facção criminosa responsável pelas mortes. Uma mulher, que seria disciplina, já estaria presa, mas teria sido pega por outro crime. 

O delegado Mário Santiago, da DHPP, afirmou que ainda é cedo para falar sobre as motivações. "O que temos até agora é a denúncia que chegou, a partir disto, vamos iniciar as investigações para descobrir o que aconteceu e as motivações".

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