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Zelaya diz que não desistirá de retornar a Honduras e ao poder

Folha Online

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta sexta-feira na Guatemala que não fraquejará na vontade de retornar a seu país para ser restituído em seu cargo, mas esclareceu que esperará que se esgote a via do direito e se alcance um acordo de paz.

Zelaya chegou ontem à Guatemala, procedente de Washington, e, por mais de uma hora, se reuniu com o presidente do país, Álvaro Colom, com quem conversou sobre a situação da América Central e, especificamente, sobre a crise em Honduras.

Em entrevista coletiva na Casa Presidencial, o presidente deposto lembrou que tentou entrar em Honduras pelo menos duas vezes, mas foi impedido pela força das armas.

"Por bem, ou por bem, vou retornar. Tive a paciência e a tolerância, para procurar uma regra através do Acordo de San José", afirmou, em referência ao plano elaborado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, mediador nas negociações para resolver a crise política hondurenha.

Zelaya disse que a comunidade internacional o reconhece como presidente legítimo de seu país e que se tomaram todas as medidas necessárias para reverter o golpe.

"O governo de Roberto Micheletti está isolado. Já se retiraram todos os embaixadores e se pararam os trâmites de operações do regime golpista em muitos países e, em resposta, houve mais repressão contra o povo hondurenho", acrescentou.
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