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Emanuel afirma que só autoriza obras na Jurumirim após entrega do viaduto da Beira Rio

Da Redação - Wesley Santiago

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a afirmar que não pretende prejudicar o trânsito da capital mato-grossense e, por conta disto, só irá liberar as obras de reparo na trincheira Jurumirim, que praticamente precisará ser refeita, após a entrega do viaduto Murilo Domingos, que está sendo levantado na avenida Beira Rio, em Cuiabá.

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A entrega, segundo o prefeito, está prevista para uma data entre 20 a 30 de abril. “Devo definir o prazo exato ainda nesta terça-feira (06)”, disse Emanuel em entrevista à rádio Jovem Pan. “É uma obra que vai melhorar muito a mobilidade urbana  e facilitar a vida de milhares de pessoas que precisam passar por aquela região, acessar Várzea Grande, entre outras coisas”.
 
“Digo e vou reiterar, só vou liberar o início das obras na Trincheira Jurumirim, após entregar o viaduto Murilo Domingos. Não vou travar duas regiões movimentadas da cidade, causando transtorno e desgaste na população, só porque querem iniciar os reparos agora”, enfatizou o prefeito, já aproveitando a fala sobre o elevado.
 
O emedebista citou que, assim que for entregue o viaduto, seu vice-prefeito José Stopa está autorizado a liberar as obras na Jurumirim na primeira semana de maio. “Só aí poderão fazer o reparo naquela baderna que foi, aquela obra mal feita que foi a trincheira da Jurumirim. Até porque, os projetos estão todos aprovados já”.
 
“A população não merece isto. Falta de planejamento, ficar no stress, congestionamento terrível. Não importa que as obras não sejam tão perto, porque a cidade é interligada. Sobrarão poucas rotas para a população se locomover. Enquanto eu não entregar o viaduto, não tem obra na Jurumirim”, finalizou.

O secretário de Estado de Infraestrutura Marcelo Padeiro afirmou, antes desta fala de Emanuel, que as duas obras poderiam ser tocadas simultaneamente. “Eu acho que durante a Copa do Mundo foram feitas dentro da cidade de Cuiabá dez obras estruturantes. E foi dado conta. A gente tem vontade de fazer a coisa, infelizmente eu saí muito cedo das obras da Copa do Mundo, mas acho que deixamos um legado muito grande”, afirmou o secretário.
 
Segundo Padeiro, a trincheira tem uma série de deformidades, patologias, que precisam ser consertadas. “A estrutura da trincheira, com os anos que se passaram e com todo aquele volume de água concentrado atrás, apresenta alguns problemas, e nós entregamos aquilo na Prefeitura Municipal de Cuiabá solicitando autorização do município para que a gente possa executar as obras. E estamos esperando do município a resposta”, disse.

A construção da Trincheira Jurumirim foi paralisada em 2014, com 97,84% de execução, e faz parte do pacote de obras idealizado para Copa do Mundo daquele ano. O contrato original de execução chegou a ser judicializado.
 
Vários problemas
 
A trincheira Jurumirum, localizada na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá e que deveria ter sido entregue em abril de 2014, tem sérios problemas que colocam em risco a vida dos motoristas que trafegam pelo local. A pista está com vários afundamentos e diversos buracos, o que pode acabar resultando em uma tragédia na parte interna da obra de arte. Além disto, as paredes sofrem com infiltrações. Ao todo, a obra orçada em R$ 50,5 milhões está com 97,84% de execução.
 
Em julho de 2015, já na parte de cima da trincheira, a Defesa Civil de Cuiabá pediu a interdição de meia pista, por conta o desmoronamento de parte da via após uma chuva torrencial. O local sofre com infiltrações desde o início da sua construção. Só em dezembro de 2016 é que os serviços foram realizados no local para a tentativa de correção do problema.
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