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Janaina diz que sua expectativa para ‘barrar’ aumento da conta de luz é baixa: ‘não senti que a Aneel tem sensibilidade’

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

A deputada Janaina Riva (MDB) foi uma das parlamentares que assinou um documento pedindo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconsiderasse o aumento de 8,9% anunciado para Mato Grosso, mas, nesta quarta-feira (5), ela afirmou que sua expectativa para que isso aconteça é muito baixa. “Eu fico muito preocupada porque eu não senti que a Aneel tem a sensibilidade que, neste momento, deveria ter”, lamentou.

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Além de Janaina, assinaram o recurso os deputados estaduais Faissal Calil (PV), Dr. Gimenez (PV), Dr. Eugênio (PSB), Elizeu Nascimento (DC), Delegado Claudinei (PSL), Dilmar Dal Bosco (DEM), Paulo Araújo (PP), Xuxu Dal Molin (PSC), Allan Kardec (PDT), Dr. João (MDB), João Batista (Pros), Janaina Riva (MDB), Gilberto Cattani (PSL), Wilson Santos (PSDB), Ulysses Moraes (PSL), Thiago Silva (MDB), além do deputado federal José Medeiros (Podemos). No documento, os parlamentares questionam o índice utilizado pelo órgão para a concessão da revisão.

No início de abril, após intervenção de alguns deputados, a Aneel decidiu adiar o reajuste, que naquela época estava em cerca de 15%. Após novo estudo, a agência apresentou o valor de 8,9%, que também não foi aceito pelos deputados. “Quando foi feito todo aquele trabalho através do deputado Faissal, a Assembleia deu todo o respaldo para que ele fizesse, a expectativa foi gerada de que não fosse haver o aumento, que eles fossem entender o período da pandemia, como a gente falou agora há pouco a gente não está falando de aumento de salário, não tem reajuste para servidor, população desempregada, muita gente sem ter oportunidade de gerar renda, de ganhar dinheiro, e a Aneel fazendo aumento de mais de 8% numa correção tarifária”, lamentou Janaina.

A deputada afirmou que suas expectativas de que não haja aumento são baixas, mas mesmo assim defende que os deputados se unam e marquem posição. “E também tentar de todas as formas, com as formas legais, para ver se a gente consegue talvez através da justiça, até porque o aumento é muito superior ao que nós imaginávamos que poderia ser aumentado de energia elétrica”, completou.

O documento protocolado pelos deputados argumenta que a agência não deveria ter autorizado o aumento com base no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e sim no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indicador de cálculo de inflação. Segundo os parlamentares, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o IGP-M, usado no contrato com a Energisa, concessionária que atua na distribuição de energia elétrica em Mato Grosso, se descolou da realidade inflacionária do país em 2020 e 2021.
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