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Emanuel acena para novos aliados e reforça possibilidade de deixar prefeitura em 2022: “se todos me apoiarem será um ano e meio”

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Isabela Mercuri

A entrega do Viaduto Murilo Domingos, na avenida Beira Rio, em Cuiabá, serviu para o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fortalecer alianças com lideranças políticas da Baixada Cuiabana. Sem a presença do principal rival, o governador Mauro Mendes (DEM), o emedebista não poupou elogios aos vereadores de sua base, assim como acenou para a Assembleia Legislativa, a família Campos e ao prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB).

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O tom de campanha para 2022 surgiu com os discursos de aliados antigos, como o senador Wellington Fagundes (PL) e o presidente da Câmara da Capital, Juca do Guaraná (MDB). Em seu discurso, Kalil também brincou com a possibilidade de Emanuel ficar apenas um ano e meio no cargo, com eventual candidatura ao Palácio Paiaguás.

Em resposta, Emanuel enalteceu a gestão Kalil e sua tradicional família, e para todos os políticos presentes, disse que só ficará os quatro anos na prefeitura, caso não tenha apoio para uma eventual disputa.

#OLHO#
“Vamos trabalhar juntos e misturados, independente de qualquer coisa, pois o futuro a Deus pertence. Falava aqui em um ano e meio ou quatro anos, o mais certo é quatro anos, mas se vocês todos apoiarem vira um ano e meio. Se vocês não apoiarem são quatro anos. Independente disso temos muito que trabalhar pelas duas mais importantes cidades do nosso estado”, conclamou.

Emanuel também direcionou seu discurso aos irmãos Jayme e Júlio Campos, com quem tem relação próxima. Disse que apesar de os políticos terem base eleitoral em Várzea Grande, a Capital foi diretamente beneficiada pela história política da família. Os irmãos são do partido do governador, mas fazem parte de alas diferentes dentro do DEM.

Ainda no evento, o prefeito pediu ajuda do presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), e de todos os deputados. Em tom de mistério, declarou que irá fazer uma visita em breve aos parlamentares e pediu que o Legislativo ajude Cuiabá.

“Um grande embate vai acontecer daqui para frente, de proporções inimagináveis, mas pro bem. É importante a Assembleia ouvir Cuiabá o prefeito Emanuel e os vereadores. Não tomar decisões importantes, que impactam a vida de 700 mil cuiabanos, sem ouvir aqueles que recentemente foram eleitos e reeleitos pelo voto popular. Sei que é problemático, mas com sua ida a presidência, Max, preciso muito da Assembleia em algumas ações, que vou visitá-los nas próximas semanas”, declarou.

“Tenho certeza que independente dos posicionamentos políticos e partidários – vocês sabem muito bem o meu posicionamento político, de onde estou hoje e onde jamais vão me encontrar -, vocês saberão separar o joio do trigo e ajudar o prefeito e os vereadores de Cuiabá a continuarem a onda de transformação e de melhoria da qualidade de vida”, completou.

Emanuel já buscou apoio da Assembleia para tentar emplacar a realização de um plebiscito sobre qual modal (VLT ou BRT) deve ser instalado na Capital e em Várzea Grande. Além disso, reclamou quando os deputados aprovaram pedido do governador Mauro, sobre a troca do VLT.
 
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