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Projeto para Copa de 2014 e com sinais de abandono, COT da UFMT não serve nem para Copa América de 2021; fotos e vídeo

Da Redação - Wesley Santiago

Projetado para atender as seleções que disputaram a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá, o antigo Centro Oficial de Treinamento, agora rebatizado como Centro Olímpico de Treinamento (COT) da UFMT, não servirá nem para a Copa América de 2021, que acabou caindo no colo do Brasil após ser recusada por Argentina e Colômbia. Abandonado, o local - agora gerido pela Universidade Federal de Mato Grosso - que custou R$ 17 milhões está em péssimas condições.

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Nas imagens feitas pelo Olhar Direto nesta terça-feira (08), é nítido que o local não está sendo cuidado como deveria. O campo de futebol praticamente inexiste, restando apenas uma terra batida com a mínima porção do que pode mais ser comparado a mato. Não fossem as duas traves, uma em cada lado, a área não seria nem reconhecida.

Por enquanto, os únicos espectadores da obra de R$ 17 milhões são os pombos, que pousam e fazem estrago nas cadeiras que existem no local. A sujeira também é outro ponto de destaque (negativo), passando ainda mais a impressão de abandono.



A organização da Copa América definiu o estádio Dito Souza, em Várzea Grande e o Centro de Treinamento (CT) do Cuiabá Esporte Clube, no Distrito Industrial, como os locais para as seleções se prepararem para seus jogos. Antes, o Dutrinha chegou a ser cogitado, mas as conversas não avançaram. A praça esportiva está na reta final de sua reforma.

A conclusão do COT da UFMT se deu muito tempo depois do previsto, já que o local deveria servir (de melhor forma) às seleções que fossem realizar treinamentos durante a Copa do Mundo de 2014. Porém, acabou inaugurado apenas no dia 28 de janeiro de 2020, já no governo de Mauro Mendes (DEM). 

O COT da UFMT foi construído ao lado do ginásio poliesportivo da UFMT e conta com área total de 5,4 mil metros quadrados. O local tem capacidade de abrigar 1,5 mil torcedores, além de possuir campo de futebol e pista de atletismo. No total, o projeto ficou orçado pouco mais de R$ 17 milhões.



Os vários espaços do complexo estão divididos em três pisos. A estrutura é composta por dois vestiários climatizados (com uso de placas solares) com espaço destinado a aquecimento dos atletas, uma sala para comissão técnica e uma segunda para apoio médico.

O local possui ainda oito banheiros, sendo quatro para Portadores de Deficiência (PCDs). Quatro deles estão no primeiro piso e outros quatro no segundo. A estrutura comporta também seis salas de aula, quatro camarotes, um local para lanchonete, sala antidoping, auditório, elevador com acessibilidade, duas salas de apoio, uma sala técnica, dois depósitos e um mirante.

Na parte de fora, ficam a pista de atletismo, construída seguindo padrão internacional estabelecido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), e o campo de futebol, que possui quatro torres de iluminação, com refletores.

A reportagem entrou em contato com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por e-mail, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

Veja os vídeos do local:


 
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