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Comandante crê que até dez assaltantes ainda estejam escondidos em mata; munições e embalagens encontradas

Da Redação - Wesley Santiago

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Mato Grosso, tenente-coronel Roque, crê que até dez assaltantes que participaram do roubo de R$ 900 mil de duas agências da cidade de Nova Bandeirantes (1.026 quilômetros) possam estar escondidos em uma região de mata. Na quinta-feira (10), quatro comparsas deles acabaram mortos em confronto com a unidade especializada.

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“Acreditamos que os outros ainda estejam na mata. Pelo que pudemos ver, em torno de dez pessoas ainda estariam na região de mata. Nas imagens do dia do roubo, mostravam de 14 a 15 pessoas envolvidas na ação”, disse o comandante ao Olhar Direto.
 
Roque ainda pontua que as equipes não conseguiram localizar nenhum acampamento dos criminosos no meio da mata. Porém, indícios apontam a direção que eles teriam tomado. “Foram localizadas munições, vestígios de embalagens, o que nos faz acreditar que passaram pela região. Achamos munição de 12, a mesma que foi apreendida anteriormente”.
 
“Seguimos nas buscas, no cerco, enquanto acreditarmos que eles ainda estejam na região”, comentou o comandante do Bope, que acrescentou ainda que “é obvio que uma situação em que o criminoso tenta evadir, se houver um disparo, a equipe irá dar a resposta necessária. Sempre visamos a busca e a captura, mas infelizmente, se há uma reação, vamos agir com a força necessária”.
 
As buscas começaram há sete dias, mas elas vão continuar até chegar a todos os envolvidos. Cerca de 150 homens da segurança pública estão empenhados nos trabalhos.
 
Confronto
 
O confronto aconteceu quando os policiais do Bope foram chamados pela equipe da Força Tática, que viram que uma caminhonete branca em fuga. A equipe da barreira foi atrás dos suspeitos e avistou pessoas abandonando o carro e correndo em direção à mata. A Força Tática acionou o Bope, que deu apoio imediato, bem como as demais viaturas da operação.
 
A Força Tática retornou com a caminhonete abandonada para o ponto da barreira. Os policiais do Bope coletaram as informações e foram em busca dos suspeitos no meio da mata.
 
“Bope foi fazer a abordagem. Criminosos entraram no mato. Equipes foram atrás e houve confronto. Atiraram contra os PMs, que revidaram. Poderia até ter outros criminosos naquele ponto”, contou.
 
Quatro suspeitos foram atingidos, foram levados ao Hospital Municipal de Nova Bandeirantes, mas não resistiram aos ferimentos.
 
“Como já estava anoitecendo, equipe retornou com estes criminosos. Buscas continuam, incursões para tentar identificar”, finalizou.
 
O caso do roubo às cooperativas está sob investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil.
 
O caso
 
Segundo informado pelo Comando da PM, o roubo teve início pouco antes das 10h da manhã. Os criminosos empregaram uso de arma de fogo de grosso calibre, como metralhadoras, fuzís e escopetas calibre 12. Na fuga eles utilizaram uma caminhote.
 
Na porta do banco eles deixaram reféns sem camisa e com as mãos pra cima enquanto faziam o recolhimento do dinheiro. Para assustar e evitar a chegada dos policiais, eles efetuaram vários tiros em frente a praça pública.
 
Todo ato é semelhante ao usado no estilo novo cangaço, que estava extinto em Mato Grosso desde 2013. Por conta disso, os policiais que foram empregados na ação são os mesmos que foram instruídos na época em cursos de busca pela mata.
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