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Kardec diz que PEC da ‘Reforma Administrativa’ vai precarizar o serviço público e critica Bolsonaro: ‘falta isonomia’

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O deputado estadual Allan Kardec (PDT) apelidou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, do Poder Executivo, de ‘PEC da precarização do serviço público’. Segundo o parlamentar, caso ela seja aprovada, os funcionários públicos podem sofrer pressão dos políticos a cada mudança de gestão.

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“Primeiro que essa PEC nem deveria estar sendo discutida no momento, se o servidor público deve ter estabilidade ou não deve ter estabilidade, se o professor lá da rede municipal deve ser indicado pelo prefeito ou passar em concurso... isso já foi discutido muitas vezes, e o que a gente quer é um servidor público com qualidade, com todas as garantias para que ele não precise sofrer pressão política de quem muda de cadeira a cada quatro anos. O professor fica, os políticos passam. Essa PEC é a PEC da precarização do serviço público e nós somos contra”, declarou o parlamentar, durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (21) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Participaram da audiência deputados federais da bancada de Mato Grosso, mas segundo Kardec a bancada ainda é muito ‘confusa’. “Acredito que a nossa bancada vai deixar essa discussão para um outro momento, o momento agora é fazer discussão de ampliação da vacinação. Momento agora é de discutir sobre responsabilização das questões da pandemia. Acho que a PEC 32 deve diminuir agora a intensidade das discussões, mas nós aqui de Mato Grosso, a nossa bancada federal, a Assembleia Legislativa, não pode parar de fazer esse trabalho junto à bancada federal para que essa PEC não passe”, defendeu o pedetista.

Para Kardec, além de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fazer da PEC uma ‘cortina de fumaça’ para esconder os problemas da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), ele também não trata os servidores com isonomia. “Ele tirou os militares de várias discussões, ele não faz um trabalho de enfrentamento ao serviço público, nós não ouvimos o Bolsonaro falar sobre o serviço público ligado ao Ministério Público Federal, aos tribunais de controle, mas o executivo ele bate duro, com exceção dos militares, então ele faz um trabalho totalmente seletivo, e isso é ruim. Acho que a gente precisa ter isonomia”.
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