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Promotora do MP aposta em sucesso de projeto de ‘corixos artificiais’ no Pantanal para amenizar estiagem

Da Redação - Isabela Mercuri

A promotora do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, ex-secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, afirmou que o MPE sempre destina recursos de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para projetos experimentais como o realizado pela Associação de Defesa do Pantanal (ADEPAN), em parceria com a Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), de construção de um corixo antrópico (artificial) no Pantanal. Para ela, é necessário verificar se a ideia vai funcionar para que ele seja replicado.

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“É importante para evitar a falta de água na época de estiagem [tanto] para os animais como em casos de necessidade de combate a incêndios, porque o Pantanal no ano passado secou muito e esse ano também a previsão é de que a seca seja bastante rígida. Então vamos construir esse corixo antrópico para que o poço possa manter a água de forma permanente mesmo no período de estiagem para socorrer tanto os animais como, se houver necessidade, para combate aos incêndios”, explicou a promotora.

O Ministério Público enviou, por meio de TAC, R$ 77 mil para a construção do primeiro corixo antrópico. O projeto foi doado pela Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), e o terreno pela família Nigro, da Rede de Hoteis Mato Grosso. A ideia da Adepan é que um poço artesiano abasteça o corixo, e que este seja fonte de água para animais na época da estiagem e para bombeiros utilizarem para apagar incêndios, caso seja necessário.

André Thuronyi, um dos membros da Associação, explicou que a intenção é que haja ao menos outros quatro (e idealmente dez) corixos antrópicos ao longo da transpantaneira. Segundo Peterline, para que o MP patrocine estes outros é necessário analisar a eficiência deste e, também, que a Adepan entre com novos projetos.

“A ideia que eles têm é que ao longo da transpantaneira eles construam outros, mas a gente não tem recursos para isso agora e eles também não apresentaram esse projeto. Esse, de pronto, vamos ver se funciona, para depois replicar. Assim como a gente ajuda outros projetos também. Eu destinei recursos para um projeto de dispositivos de queimada, que conseguem detectar. Destinamos R$ 100 mil e com esses valores eles conseguiram construir alguns dispositivos para a instalação e é experimental, a gente tem que ver se dá certo. Então a gente tem destinado para as universidades, para as pesquisas, a gente tem feito bastante destinação de recursos”, explicou ao Olhar Direto.
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