PF cumpre mandado na sede da Aprosoja em Cuiabá para apurar suposto financiamento de manifestações com dinheiro público
Da Redação - Wesley Santiago/Airton Marques
A Polícia Federal cumpre, na tarde desta segunda-feira (06), mandado de busca e apreensão na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Cuiabá. Os agentes estão em busca de documentos e computadores que possam comprovar supostos usos de recursos públicos para financiar as manifestações de 7 de setembro através da entidade.
A determinação é do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Neste caso, a intenção é apurar se existe o financiamento por parte da Aprosoja para que manifestantes viagem até Brasília (DF), onde devem acontecer manifestações em prol do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na terça-feira (07), Dia da Indepêndencia do Brasil.
Ainda conforme o apurado pelo Olhar Direto, diversos documentos estão sendo apreendidos neste momento. Uma das suposições seria o uso de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e do Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) para financiar as manifestações.
Os agentes da Polícia Federal deixaram o local sem prestar declarações.
À reportagem, a assessoria de imprensa da Aprosoja pontuou que a equipe jurídica teve acesso à decisão há poucos minutos e deve se pronunciar quando se inteirar do caso.
Galván alvo
O presidente da Aprosoja, Antonio Galván, é investigado no inquérito que apura atos antidemocráticos. No dia 20 de agosto, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo das medidas era apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes.
Depois de alguns dias, ele apareceu em frente a sede da PF, em Sinop, em cima de um trator, mesmo sem ter sido chamado a depor naquele dia.