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Clubes e CBF decidem manter jogos do Brasileirão sem público até fim de setembro; Flamengo quer usar liminar

Da Redação - Wesley Santiago



A reunião feita entre 19 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro (somente o Flamengo não participou) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terminou, nesta quarta-feira (08), com a decisão de que os jogos do campeonato continuarão sem presença de público.

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Além disto, os clubes também irão entrar em conjunto com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar derrubar a liminar concedida ao Flamengo que permite presença de público nos jogos da equipe.
 
Ficou decidido ainda que, se algum clube usar liminar para ter torcedores na arquibancada, a rodada inteira do Brasileiro será suspensa.
 
Uma nova reunião sobre o tema deve acontecer apenas no fim de setembro, provavelmente no dia 28.
 
O único a não participar da reunião foi o Flamengo. Em nota, o clube afirmou que que "não cabe aos clubes ou à CBF" deliberar sobre a presença de público nos estádios. Nesta semana, a Prefeitura do Rio de Janeiro permitiu o que chamou de "evento-teste" com público em três jogos do time rubro-negro no Maracanã, um deles pelo Brasileirão, contra o Grêmio.
 
Durante a reunião, o Atlético-MG lembrou que também tem uma liminar que lhe permite mandar jogos com presença de público, mas deixou claro que não vai usá-la porque prefere o entendimento coletivo.
 
Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria afirmou que só haverá liberação de público nos estádios a partir de 1º de novembro.

Em Mato Grosso, já foi sancionada uma lei que permite a presença dos torcedores, desde que seja respeitada a lotação de 35% da Arena Pantanal. Isso representa pouco mais de 12 mil torcedores.
 
Além disto, só será liberada a entrada de torcedores já imunizados e com exame de Covid-19 realizado até 48h antes do início das partidas.

Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, quando os campeonatos estaduais e a Copa Libertadores foram paralisados como forma de mitigar a contaminação pelo coronavírus, os times de futebol amargam com perdas de receitas sem a comercialização de ingressos e o chamado "matchday" (ganhos com camarotes e cadeiras cativas, além da venda de alimentos e bebidas no dia de jogo)”, diz trecho do projeto.
 
Segundo o Globo Esporte, horas antes da reunião, houve constrangimento no grupo de WhatsApp dos presidentes dos clubes da Série A. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, compartilhou a nota oficial em que explicava os motivos pelos quais não participaria da reunião e foi cobrado por alguns pares.
 
"É assim que se quer falar em Liga?", "É com essa postura que se prega união dos clubes?" foram alguns dos comentários de outros presidentes.
 
Durante a reunião, o Flamengo foi alvo de mais críticas no mesmo sentido, de que a postura de "jogar sozinho" vai contra qualquer tentativa de criação de uma liga.
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