A reunião da bancada do PP na Câmara Federal, na tarde desta quarta-feira (08), terminou sem nenhuma tomada de decisão concreta em relação às manifestações do 7 de Setembro e as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), contra a democracia. O partido, que tem apoiado o governo, segue a postura do presidente da Casa, Arthur Lira, que em pronunciamento hoje defendeu a pacificação entre os poderes.

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De acordo com o deputado Neri Geller, por hora, o partido vai aguardar os desdobramentos das declarações do presidente. Afirma que continua não defendendo o eventual impeachment de Bolsonaro.

“A bancada tem a tendência de seguir o presidente Arthur Lira. Ele não participou da reunião, pois estava no Colégio de Líderes. Num primeiro momento, a postura do Arthur é essa de esperar baixar a poeira e construir uma ponte para o diálogo. Esperar o dia, para ver como irá se movimentar o próprio governo e o Supremo. Esperar voltar o Senado na próxima semana”, disse ao Olhar Direto.

“Sou contra o impeachment, mas é preciso tomar uma decisão, não é possível deixar essa confusão que está ai”, completou.

Ao discursar em atos em Brasília e São Paulo, Bolsonaro atacou o STF, ao qual fez ameaças de caráter golpista. Ainda voltou a defender o voto impresso, proposta arquivada após decisão do plenário da Câmara.

Em seu posicionamento realizado no início da tarde, Lira não mencionou diretamente Bolsonaro nem se referiu à possibilidade de abrir processo de impeachment, com base em um dos vários pedidos protocolados na Casa.

Após a manifestação, Neri defendeu Lira. Disse que o presidente da Câmara fez um pronunciamento firme e que está correto em sua postura, agindo como verdadeiro estadista e atuando nas pautas necessárias para o país.