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Manifestantes fazem novos bloqueios em Cuiabá, VG e outros pontos das rodovias de MT; veja onde
Da Redação - Wesley Santiago
Os manifestantes em prol do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) decidiram manter, também nesta quinta-feira (09), o bloqueio de carretas e caminhões que não estejam transportando cargas vivas ou perecíveis em diversos trechos das BRs 163 e 364 que cortam Mato Grosso.
A situação até às 07h30 desta quinta-feira estava da seguinte forma, nos trechos que são de responsabilidade da Concessionária Rota do Oeste:
🛑 Cuiabá BR364 - km 396 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
🛑 Várzea Grande - BR-070 km 517 * - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
🛑 Nova Mutum- BR163 - km 593 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis
🛑 Nova Mutum - BR163 - km 601 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
🛑 Lucas do Rio Verde - BR163 - km 687 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
🛑 Sorriso - BR-163 - km 745 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
🛑 Sinop - BR163 - km 821 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não repassou o balanço atualizado nesta quinta-feira. Assim que for feito, será atualizado na matéria.
Segundo o site Bem Notícias, manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro também fecharam a MT-358, ponto conhecido como Trevo da Melancia, em Tangará da Serra. No local, é vetada a passagem de caminhões de carga, exceto perecíveis e vivas.
Na quarta-feira (08), Olhar Direto conversou com o grupo de manifestantes que se concentra na Rodovia dos Imigrantes (BR-070), no km 517, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Eles pedem a saída dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso auditável.
O morador de Rondonópolis, Raysson Bernando da Costa, 33 anos, explicou que os manifestantes devem ficar neste ponto por aproximadamente 72 horas. “A gente quer que isso acabe logo, que todo mundo aceite nossa liberdade e direitos numa boa. Mas conforme for, nos somos uma nação forte e queremos nossa liberdade, vamos permanecer firme e forte. Independente do que aconteça, precisamos da nossa liberdade”, diz.
Raysson Bernando acredita que com as mobilizações será possível garantir a liberdade, seja com o presidente Jair Bolsonaro ou com a força militar. “Queremos Bolsonaro no poder, mas se nossa liberdade vir através da força militar, que venha. Que a 142 seja feita”, disse ele se referindo ao artigo 142 da Constituição Federal de 1988, que descreve o funcionamento das Forças Armadas. O trecho foi citado há alguns meses pelo presidente e é interpretado por bolsonaristas como uma autorização para intervenção militar.
O comerciante da loja Lucy&Galvão, que funciona em anexo ao posto onde estão os manifestantes, Lucas Gabriel Farias Galvão, 18 anos, cita a alta dos combustíveis com um dos motivos para participar do ato. “A gente convive muito com os motoristas e eles tem reclamado muito, cada vez mais da situação do combustível, das estradas. A gente precisa arrumar isso, é uma melhoria para eles, eles são gente como a gente que tem família e precisa ser ajudada também. Estamos aqui pelo Brasil”, disse.
O empresário Flavio Passadore, 27 anos, da empresa Rei da Estrada, explica os motivos pelos quais tem apoiado os caminhoneiros. “Não só pela retirada dos ministros, mas a gente precisa [da retirada] dos impostos dos combustíveis. Eu também tenho caminhão próprio, são três rodando e a gente sabe como é o dia a dia de cada caminhoneiro e o que eles passam na estrada”, pontua.