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Dilmar "escancara" porta do DEM para Bolsonaristas, mas vê derretimento do grupo com deputados tendendo a seguir o presidente

Da Redação - Max Aguiar

Com a fusão do Democratas com o PSL já prevista para o dia 21 de setembro, o deputado, líder do governo na Casa de Leis e ex-presidente estadual do DEM, Dilmar Dal Bosco, avalia como positiva a possibilidade de formar a maior bancada. Ele diz ver com bons olhos a aproximação entre as duas siglas, que têm posicionamentos semelhantes. A possibilidade, no entanto, não agrada a todos.

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Em sua fala para a imprensa nesta quarta-feira (15), Dilmar comentou que sempre quis ter várias lideranças em seu grupo e se de fato os quatro deputados do PSL continuarem no partido, é importante que agreguem com o DEM. 

“Eu sempre fui a favor de atrair lideranças pra dentro do partido. Significa que os quatro deputados estaduais, caso tenha uma fusão com o DEM, permaneçam nesta fusão. Pra nós seria importante. É uma questão estratégica dos dois partidos, que estão definindo em nível nacional pensando no contexto geral do Brasil”, completou.

Só que entre a bancada do PSL na Assembleia a situação é vista de outra forma. O grupo é fortemente ligado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e tende a segui-lo em direção a uma nova sigla, já que a ala do PSL envolvida no processo de fusão pretende construir uma candidatura de terceira via à presidência da República. Estão filiados atualmente: Ulysses Moraes, Gilberto Cattani, Elizeu Nascimento e Delegado Claudinei. Todos, assim como o deputado federal Nelson Barbudo, devem sair da sigla para acompanhar o presidente. 

Gilberto Cattani, por exemplo, é um dos mais ferrenhos bolsonaristas no Legislativo Estadual. Cattani afirmou que deve permanecer onde está até que Bolsonaro defina seu futuro político. Daí, ele deverá seguir o presidente em direção à próxima sigla.

“Simplesmente porque Bolsonaro é o maior estadista que já apareceu nesse país, um homem honesto, que ficou 28 anos no Congresso Nacional sem se corromper”, afirmou, ao justificar sua opção em seguir o presidente ao invés do partido.

Caso se concretize, a fusão entre DEM e PSL deve criar a maior força de direita na Câmara em 20 anos, com 81 deputados federais. Na Assembleia, o grupo seria de seis nomes, sendo quatro do PSL e dois do DEM. 
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