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Mauro crê que comando do Paiaguás pode ‘pesar’ para que DEM esteja à frente de novo partido com PSL

Da Redação - Airton Marques

Com a fusão entre DEM e PSL próxima de ser concretizada, o governador Mauro Mendes acredita que o fato de estar no comando do Executivo estadual pode ser um fator a sacramentar que o novo partido a ser formado seja liderado pela cúpula democrata. Segundo o gestor, a questão ainda está sendo discutida pelas lideranças nacionais das legendas.

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“Obvio que em um estado que tem governador, isso deve ter algum tipo de peso, mas não existe uma determinação expressa. Política é arte do diálogo. Vamos construir isso através do diálogo e do peso que cada liderança e bancada tem dentro dessa composição. Isso tem que ser feito com bom senso e responsabilidade, imposição nunca é uma coisa boa”, afirmou.

Além do governador, o DEM tem o senador Jayme Campos e dois deputados estaduais (Dilmar Dal Bosco e Eduardo Botelho). Já o PSL tem o deputado federal Nelson Barbudo e quatro cadeiras na Assembleia Legislativa (Delegado Claudinei, Elizeu Nascimento, Gilberto Cattani e Ulysses Moraes).

Favorável à fusão, Mauro participou da reunião da direção nacional do DEM na semana passada, que aprovou a realização de uma convenção nacional no próximo mês para aprovar a união com a sigla que elegeu o presidente Jair Bolsonaro em 2018. De acordo com o governador, movimentos como este são favoráveis para por fim ao grande número de partidos ativos no país.

“Esse negócio de ter quase 40 partidos é surreal, palhaçada, brincadeira. Não existe tantas linhas ideológicas e pensamentos para serem representados. Virou algo que não tem nenhuma aderência com a realidade e com aquilo que é bom para o Brasil. Esse movimento vai ao encontro desse sentimento de ter no máximo dez partidos que possam, realmente, representar alguma coisa para o cidadão”, avaliou.

Sobre a disputa pela Presidência da República, o democrata ressaltou que o DEM já tem o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que busca construir uma candidatura. O tema, no entanto, ainda esta sendo discutido, já que o apoio à reeleição de Bolsonaro também é uma possibilidade.

“O objetivo é ajudar nesse movimento de aglutinação para que o partido possa representar uma parte da sociedade. Depois da fusão isso (candidatura) será discutido entre os principais líderes e a sociedade”, pontuou.

Conforme reportagem do O Globo, marqueteiros próximos às duas legendas foram chamados para opinar e fazer pesquisas que cheguem à nova identidade do partido. Entre as possibilidades já ventiladas pelos dirigentes estão DS, abreviação de Democrata Social, e BEM, Brasil em Movimento.
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