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Mauro cita ‘diplomas falsos’ e diz que provas irão selecionar melhores profissionais

Da Redação - Isabella Mercuri/ Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (DEM) refutou as críticas feitas ao edital de processo seletivo da educação de Mato Grosso. Segundo o chefe do executivo estadual, se continuasse fazendo tudo igual a educação continuaria como uma das piores do país. Mendes também citou a existência de diplomas falsos e afirmou que as provas irão selecionar os melhores profissionais do mercado.

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“A educação no Mato Grosso é a vigésima segunda pior educação do Brasil. Vocês querem que faça tudo como sempre foi feito? Vai dar o mesmo resultado. Quando começa a mudar, isso contraria alguns interesses, contraria algumas pessoas. Agora, se não mudar nós vamos continuar sendo a pior educação, dentre as piores do Brasil. Que que você acha que eu devo fazer?”, questionou o governador na manhã desta sexta-feira (19).

Logo depois que o edital foi divulgado, o deputado Lúdio Cabral (PT) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) criticaram alguns pontos, como o fato de pessoas do grupo de risco não poderem se inscrever e a realização de prova ao invés de contagem de pontos, como era feito anteriormente.

Para Mauro, as mudanças se justificam. “Eu fui contratado para tomar decisões difíceis, fazer o que é correto, e muitas vezes fazer o que é correto contraria alguns interesses e aí eu vou fazer o que é correto para melhorar a educação de Mato Grosso”, afirmou. O governador, no entanto, lembrou que o processo de mudança demora.

“Educação não é uma obra que você vai lá contrata uma empreiteira, um ano, dois anos está pronto. [...] Mandei fazer um estudo entre as cinco melhores educações do país. O que que eles fizeram? Para ele entender o que foi feito lá para tomar essas decisões aqui. Então, nós estamos trilhando o mesmo caminho, usando experiências que deram certo nesses estados para que nós pudéssemos também em alguns anos transformar essa dura realidade”, completou.

Em defesa das provas, Mendes ainda afirmou que há muitos diplomas e currículos falsos que fazem com que profissionais com menor qualidade cheguem às vagas. “O presente é o seguinte, vamos fazer o que é melhor. Fazer um teste seletivo, o que há de errado em fazer um teste seletivo? Estamos dando oportunidade para todo mundo. Agora, análise de currículo? Quantos currículos, quantos diplomas falsos já encontramos lá? Não, vai ser uma prova, vai lá fazer prova, tem 30 diplomas, sei lá como conseguiu esses 30 diplomas. Vai ser análise em prova, para contratar o melhor, o mais preparado para ir dar aula para nossos alunos. Se eu tiver melhores professores eu vou ter melhores condições de melhorar o ensino dentro da sala de aula”, finalizou.
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