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Secretário quer que LOA seja votada em 2021 e diz que orçamento é real: 'Estado não dá cheque sem fundo'

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O secretário de Estado de Fazenda Rogério Gallo afirmou que o Governo do Estado trabalha com a expectativa de que os deputados estaduais aprovem, em segunda votação, a Lei Orçamentária Anual (LOA) ainda em 2021, para que o orçamento seja aberto já na primeira quinzena de 2022. Segundo ele, por ser um ano eleitoral, a janela para investir em obras é mais curta e precisa começar o mais rápido possível.

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“O governador já fez uma fala com o presidente da Assembleia, com nosso líder de Governo lá para que essa lei orçamentária seja aprovada em segunda ainda esse ano dentro desse exercício para que a gente possa abrir o orçamento ainda na primeira quinzena de 2022. É um ano eleitoral, um ano com uma janela mais curta e a gente tem que cuidar dos mato-grossenses. Existem muitas ações que você não pode executar no exercício de um ano eleitoral e que a gente precisa então antecipar isso”, pediu Gallo, em evento nesta quinta-feira (25).
O secretário ainda afirmou acreditar que haja na Assembleia também a vontade de aprovar o quanto antes o orçamento do Estado. A previsão é de que haja cerca de R$ 4 bilhões em investimentos em Mato Grosso em 2022, e Gallo garantiu que as emendas dos deputados serão respeitadas.

Em relação às críticas do deputado Lúdio Cabral (PT), que afirmou que o orçamento do Estado seria ‘fictício’, Gallo afirmou que o Estado prefere se precaver e não dar “cheque sem fundo”. Segundo ele, a receita é prevista em R$ 18 bilhões, mas com a desoneração de R$ 1,2 bilhão a expectativa será de R$ 16,8 bi.

“Óbvio que o Estado trabalha com cenários otimistas, mas na lei orçamentária a gente não pode dar cheque sem fundo, criar uma lei orçamentária aprovando um orçamento muito maior do que efetivamente acontece e depois na praça você não tem o dinheiro para pagar aqueles empenhos que você fez em benefício de credores”, argumentou.

Gallo ainda lembrou que “no passado” o Estado superestimava seus orçamentos e, com isso, ficava devendo os credores. “O governo foi um governo sério, todas as obras que são lançadas, todos os empenhos que são dados é porque tem lastro, tem dinheiro na conta. Então o orçamento que está lá é um orçamento aderente à realidade que nós temos expectativa para 2022 já considerando o impacto de 1,2 bilhão de reais que foi aprovado ontem a lei que beneficia todos os setores de elétrica, comunicação, gasolina, óleo diesel, gás industrial. Enfim, todos os setores que mais atingem o cidadão. Então é um orçamento aderente à realidade, sem algumas engenharias contábeis que talvez alguns queiram voltar e que nós não vamos fazer”, finalizou.
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