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"Eles querem se comparar com a Polícia Civil", diz governador sobre greve da Polícia Penal

Da Redação - Max Aguiar

Mesmo evitando falar sobre questões que envolvem a greve recente dos policiais penais, o governador Mauro Mendes (DEM) respondeu sobre o assunto em entrevista à rádio CBN Cuiabá, na terça-feira (11). O chefe do Executivo disse que irá tratar do assunto com muito cuidado, tendo em vista que as contas do estado não podem sofrer com alterações impessadas. 

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Além disso, Muro ainda citou que vai sentar com a categoria para negociar, mas não gostou da categoria comparar seus trabalhos com a da Polícia Civil e Militar. "Eles querem se comparar com a Polícia Civil, mas são carreiras diferentes, concursos diferentes", disse o governador. 

Nas últimas semanas do mês de dezembro o conflito grevista tomou conta dos ânimos de secretários da Casa Civil, Segurança e Planejamento. Os policiais penais entraram em greve em dezembro e suspenderam o movimento na semana passada para reunião com representantes do Palácio Paiaguás. A greve permanece suspensa e uma nova reunião está agendada para fevereiro.

"O Governo vai sempre dialogar e quando possível fazer alguma coisa. Mas se for impossível, vamos explicar e fazer o que é melhor para o conjunto da administração”, acrescentou.

Mauro, durante a entrevista, até reconheceu que o salário pode estar abaixo do esperado, mas em pouco tempo de trabalho o salário sobe, ou seja, em Mato Grosso existe progressão de carreira. Vale destacar que o salário inicial do policial penal é de R$ 3,4 mil. 

"A Polícia Penal têm um salário inicial que é baixo, sim, no início da carreira, mas logo após três anos, vai subindo. Hoje, o salário médio da Polícia Penal é muito próximo da Polícia Militar. Se o cara pede aumento e eu dou, aí vem a PM fazer greve também, vem a Polícia Civil, a Educação, a Saúde. Todo mundo vai querer fazer greve, o Estado vai aumentar e o cidadão que está pagando imposto [que é prejudicado]. Porque ninguém gosta de pagar imposto, mas gosta menos ainda de não ver retorno. Eu não posso deixar o Estado ficar cobrando imposto só para pagar salário”, criticou.
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