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Notícias / Meio Ambiente

Nos dois primeiros meses do ano, sete pedidos de mineração são registrados em terras indígenas de MT

Da Redação - Michael Esquer

Apenas nos dois primeiros meses de 2022, sete requerimentos de exploração mineral já foram protocolados em áreas sobrepostas em terras indígenas (TI) de Mato Grosso. O dado foi consultado pelo Olhar Direto em plataforma lançada, na última semana, pela Amazon Watch e a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 

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De acordo com o portal Amazônia Minada, no total, a área requerida equivale nas TIs a 53,38 mil hectares. O painel, que está hospedado no site do Info Amazônia, monitora as requisições em áreas protegidas compreendidas em estados que compõem a Amazônia Legal.

Ainda conforme a consulta, as requisições recaem sobre quatro TIs, onde vivem os povos Terena, Kayapó, Panará e Nambikwara. Vale destacar que a legislação brasileira não autoriza a atividade mineral em TIs. Isto, porém, não têm impedido que os processos sigam tramitando na Agência Nacional de Mineração (ANM).

Sobre a localização, os requerimentos foram realizados sobre as seguintes TIs em Mato Grosso: Menkragnoti (duas solicitações); Terena Gleba Iriri (três solicitações); Panará (uma solicitação) e Sararé (uma solicitação). Das sete requisições, seis são da empresa Nexa Recursos Minerais S.A.  

Os dados do Amazônia Minada são coletados diariamente na base da Agência Nacional de Mineração (ANM) e cruzados com os limites de terras indígenas e unidades de conservação de proteção integral da Amazônia Legal, identificando quais requerimentos estão sobrepostos ou tocam qualquer parte dessas áreas protegidas.
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