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Júlio diz que apoio do União ao Senado será decidido internamente: “não temos compromisso com Bolsonaro”

Da Redação - Érika Oliveira / Do Local - Lázaro Thor Borges

O ex-governador Júlio Campos (União) negou que o seu partido, ou qualquer ala da sigla – especificamente a representada por sua família – tenha fechado questão em torno da candidatura ao Senado no Estado. Segundo ele, ao contrário do que vem sendo ventilado, a legenda não está focada em atrair o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma eventual candidatura de reeleição de Mauro Mendes (União), e segue em busca de um nome para encabeçar o projeto da chamada “terceira via” a Presidência da República.

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“Até agora o partido não avaliou nenhuma proposta ao Senado. Mas isso não é um problema do Bolsonaro, do PL, ou dos Campos, é algo que será discutido internamente. Não temos compromisso com a reeleição do Bolsonaro. Até podemos vir a apoia-lo, mas o União Brasil segue tentando viabilizar uma terceira via”, afirmou.

Desde 2020, quando o grupo ainda pertencia ao DEM e Júlio ocupou a suplência de Nilson Leitão (PSDB) na eleição suplementar ao Senado, o partido rachou por conta da decisão do governador Mauro Mendes de apoiar a candidatura de Carlos Fávaro (PSD), que acabou se elegendo.

Após o pleito, a família Campos acabou se aproximando de Wellington Fagundes (PL) e especulava-se que a ala representada por eles no partido teria fechado apoio a reeleição do liberal. Oficialmente, a aliança nunca foi sacramentada.

A demora de Mauro Mendes em definir se virá ou não a reeleição fomentou outros rumores. O conflito, no momento, gira em torno da coligação que será firmada em uma eventual candidatura do chefe do Executivo. Os principais atores são Fagundes e Neri Geller (PP), que disputam o apoio do governador.

Do final do ano para cá, a aproximação de Mendes e Fagundes – numa suposta tentativa de atrair Bolsonaro para o palanque do União no Estado – também gerou discórdia no grupo e os Campos teriam se sentido traídos, o que teria motivado uma aproximação deles com Neri Geller.

O que se sabe, de fato, é que Wellington e Neri seguem na corrida para formar suas alianças e, este segundo, trabalha firmemente para garantir que Bolsonaro se mantenha neutro na eleição ao Senado em Mato Grosso.

O União Brasil, por sua vez, irá se reunir com outras siglas na próxima semana para decidir um nome em comum para tentar quebrar a polarizada campanha entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT) nestas eleições.
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