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Barranco afirma que PT irá acionar Bolsonaro sempre que entender haver propagando extemporânea e critica política nas igrejas

Da Redação - Airton Marques

Presidente regional do PT, o deputado estadual Valdir Barranco afirmou que o diretório nacional do partido irá acionar o Poder Judiciário todas as vezes na qual entender que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), cometeu crime de campanha extenporânea, como no caso da ação igressada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), questionando a visita do capitão da reserva a Cuiabá, no dia 19 de abril. 

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Na representação, o PT também acionou o pastor José Wellington Costa Jr., presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), por ter organizado o evento no Grande Templo, em Cuiabá. Na ocasião, diversas lideranças da igreja defenderam mais um mandato de Bolsonaro.

"O jurídico do diretório nacional do PT tem entrado com ações todas as vezes em que o presidente tem ido aos estados fazer campanha extemporânea, como essa que teve aqui. Ninguém pode negar que foi campanha, com uso do dinheiro público, muito dinheiro para ter toda essa estrutura que ele utiliza nos atos. Então, tudo que caracteriza essa campanha extemporânea, o Dr. Eugênio Aragão, que coordena o jurídico do partido, tem reunido essas provas. Já foi em São Paulo, aqui, Rio Verde e, certamente, cada vez que ele cometer isso será instado no Poder Judiciário", disse.

Na avaliação de Barranco, a religião não pode ser usada de forma deturpada, ainda mais fazendo campanha extemporânea. "Se a campanha dentro das igrejas já é vedada no período eleitoral, imagine às vésperas do período eleitoral. É ruim para as próprias igrejas, macula a imagem. Os pastores vão ter que responder no judiciário, isso não é bom".

A representação causou revolta em pastores e entidades ligadas à Assembleia de Deus. Em vídeo postado na semana passada em seu canal no Youtube, o polêmico pastor Silas Malafaia, que esteve na visita de Bolsonaro a Capital, destacou que “é para os evangélicos jamais votarem no PT” e afirmou que a ação é um "ato covarde" e representa uma perseguição contra pastores.

No processo, Bolsonaro afirmou que não houve pedido explicito de votos. Ainda segundo o presidente, o fato de ter desfilado em carro aberto pela cidade faz parte do seu papel de agente público. 

Pedido de vereadora

Barranco ainda comentou o representação protocolada pela vereadora Professora Graciele (PT), de Sinop, para que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue a utilização de recursos públicos pela Segurança Pública do Estado para reforço no policiamento da motociata liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o petista, a parlamentar tem autonomia e a bancada da sigla na Assembleia Legislativa irá aguardar o desenrolar do pedido.

"Foi uma iniciativa pessoal dela. Eu soube pela imprensa. Ela, enquanto vereadora que tem feito um mandato atuante, acho louvável que não tenha  compatuado com esse tipo de procedimento e tenha procurado o Ministério Público, que é o órgão competente para fazer essa investigação. Ela está correta e se precisar do diretório estadual, iremos apoiar", pontuou.
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