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Neri critica PLP do ICMS, mas diz que votaria a favor por ser da base do Governo Federal: “ia passar igual”

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

O deputado federal Neri Geller (PP), que não esteve presente na votação do Projeto de Lei Complementar (PLP 18/2022) na manhã de quarta-feira (15), criticou o projeto e afirmou que ele foi feito no “afogadilho”. No entanto, disse também que se estivesse na Câmara, votaria a favor por ser da base do Governo Federal. Para Neri, há dúvidas de que colocar o teto do ICMS em 17% vá, realmente, resultar em diminuição do valor da gasolina na bomba para o consumidor.

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Antes de o projeto ir ao Senado, Neri votou a favor do PLP por orientação do partido. “Não tenho nenhuma dificuldade de falar, eu não faço demagogia. Acho que a forma que foi conduzida não foi correta, porque cria instabilidade jurídica. Eu comungo com a ideia do [governador] Mauro Mendes, realmente foi muito no afogadilho, é uma decisão de baixar o ICMS, que cria insegurança... aumentou o dólar, vocês acompanharam, consequentemente é paridade de exportação, aumentou o preço em reais, por causa do aumento do dólar. Então será que isso vai chegar lá na ponta? Será que isso foi construído de forma realmente alinhado com o que o país está atravessando? Tenho minhas dúvidas”, afirmou, na manhã desta quarta-feira (15), quando esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

As críticas ao projeto são comuns também ao governador Mauro Mendes (UNIÃO) e ao secretário-chefe da Casa Civil Rogério Gallo, que já disseram que se a Petrobrás não mudar sua política de preços e diminuir seu lucro, o preço do combustível vai continuar aumentando, mesmo que os impostos sejam diminuídos, à exemplo do que aconteceu em Mato Grosso, que já abaixou ICMS desde janeiro de 2022.

Neri afirmou que o objetivo do Governo Federal deve ser mesmo de frear o aumento de preços, mas que foi uma medida desproporcional e que criou insegurança jurídica. “Acho que tem que rediscutir toda a economia do Brasil. Estamos com dificuldades do ponto de vista da inflação, é um problema mundial, mas nenhum lugar no mundo tem a capacidade de recuperação da economia como tem o Brasil. Basta olhar os dados, quanto a mais o governo federal está arrecadando, o governo do estado também, a gente tem que ter equilíbrio nesse momento, para saber fazer as políticas adequadas para que a gente possa movimentar a economia e com isso aumentar o consumo e segurar a inflação, essa teria que ser a linha do Ministério da Economia e do Governo Federal. Mas está fazendo muito no afogadilho, acho que a equipe econômica está errando”, declarou.
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